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Análise do Planeta Marvel: Viúva Negra - Volta pra Casa (Salvat)

Veja a análise do Planeta sobre Viúva Negra – Volta pra Casa, lançado pela Salvat.


A Viúva Negra está afastada do mundo da espionagem e curte seu isolamento nos desertos do Arizona. Mas a tranquilidade é interrompida quando ela sofre um atentado.

Para tentar descobrir o que está acontecendo, ela pede ajuda de um agente da SHIELD aposentado, Phil Dexter. Os dois acabam descobrindo que Natasha é apenas mais uma de várias Viúvas Negras que estão sendo assassinadas uma a uma pela organização North.

Suas investigações acabam levando Natasha de volta à Rússia, e consequentemente ao seu passado. Nesse meio tempo, ela descobre uma droga misteriosa usada durante a gravidez, que trará à tona mais revelações do passado das agentes, revelações sombrias e macabras oriundos da Sala Vermelha, o instituto que produz as mortais operativas da antiga URSS.

Uma viagem dramática de volta ao passado complexo e muitas vezes contraditório da Viúva Negra magistralmente escrito como um thriller de espionagem por Richard K. Morgan e desenhado pelo veterano Bill Sienkiewicz, menos “sujo” que o habitual, num arco publicado na revista Viúva Negra 1-6 em 2004.

Natasha é mostrada como uma espiã fria e calculista que não pensa duas vezes antes de matar alguém, não importa quem e até com requintes de crueldade. Uma visão bem adulta da superespiã da SHIELD.

Além disso, o escritor explorar muitos detalhes de seu passado, incluindo alguns que foram abordados no filme Vingadores – Era de Ultron como a questão da gravidez e o balé.

A história tem reviravoltas, intrigas, ação conspiração, todos os ingredientes para um excelente filme no estilo Jason Bourne. Um filme baseado nesse arco ficaria de bom tamanho para a heroína.


Por Roger

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6 Comentários

  1. Ao ler esse texto, eu volto sempre ao velho questionamento:

    Viuva-Negra mata metade do mundo, fosse como espiã comunista, ou sendo agente da SHIELD. E no entanto é uma heroína.

    Wolverine o mesmo. E no entanto é chamado no máximo de antí-heroí.

    Mas quando se trata no nome de Frank Castle, não, esse ai é perturbado mesmo, um psicopata que "só os reaças" curte.

    São as ironias da vida que eu vejo nas discussões sobre quadrinhos na internet.

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    1. É verdade. É a mesma coisa que fazer com que os mutantes sejam tão odiados pela mesma sociedade que aceita outros "super-poderosos" sem problemas. No caso da Viúva, acho que a "explicação" seria que a sociedade não está muito ciente de suas atividades como espiã assassina, e no caso do Wolverine... bom ele já é mutante mesmo...
      Agora, eu acho que entendi o que você quis dizer. Viúva e Wolverine são vistos e aceitos pela comunidade heroica, o que não acontece com o Justiceiro, é isso né?

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    2. Justamente isso. Justiceiro é visto como uma anomalia, um duente digno de tratamento psiquiatrico e desprezo. Na minha visão crua das coisas. um Justiceiro em real ação e com apoio, significaria que psicopatas como Norman Osborn ou Mercenário não chegariam a galgar posições tão elevadas e privilegiadas.

      Dos mutantes eu entendo as pessoas terem medo pela "anomalia" genética, é realmente como os dinossauros olharem para os meteóros. No universo Ultimate, as coisas eram bem mais realistas, Mark Millar criava uma reação de público convincente sobre isso, era mostrado Nick Fury investindo em markting e diversas coisas para Os Supremos serem vistos como heróis (afinal, eles eram um investimento pago com impostos). O quarteto, era visto como um grupo de cientistas do governo, o que também dava a elas a imagem federal e respeitável. Quanto a outros, eram todos vistos como anomalias, o próprio Homem-Aranha muitas vezes era chamado de mutante nojento enquanto agredido pelo público hostil.

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    3. Puxa, eu tenho a mesma opinião que você sobre o universo Ultimate!! Eu achava que era meio que um exagero da minha parte pensar assim, como no caso dos Supremos e do Quarteto. A existência deles tinha sua importância para manter o status quo. Mas eu achava que no caso do Homem-Aranha, era de pouca ou nenhuma importância a existência dele para o governo, por isso, embora Nick Fury parecesse realmente gostar do rapaz, só estava disposto a ajudar de verdade quando ele tivesse idade para se tornar mais um "soldado" da SHIELD. Não cheguei a pensar sobre os X-Men, mas faz sentido sua opinião. Agora ficou tudo mais encaixado, principalmente se levarmos em conta os acontecimentos na minissérie Guerra Suprema.

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    4. Guerra Suprema foi algo muito, muito interessante mesmo, o Xavier tinha apagado a memória do Magneto e enganado o mundo que pensava que ele tivesse o assassinado. Quando Magneto retorna, os X-men são tidos como traidores.

      O universo Ultimate, por ser algo bem menor, tendo no máximo 4/5 títulos por mês, tinha um nível de organização e realismo gigantesco, é engraçado porquê na maioria das discurssões que eu tive, o pessoal vinha dizer que "realismo e darknização é coisa de DCnauta", quando na verdade, mal sabiam eles, que em sua maioria só vêem os filmes, que o realismo nos quadrinhos também está presente em boa parte das histórias da Marvel, principalmente o lado urbano.

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    5. Me lembro da história que o Xavier fez uma lavagem cerebral no Magneto, eu pensei que isso ia dar muito errado quando o Magneto descobrisse, afinal era óbvio que uma hora ele iria descobrir. E o resultado foi muito melhor do que eu esperava atingindo o clímax em Guerra Suprema.
      Realismo na DC?? Na verdade, desde a década de 60 a Marvel sempre foi mais conhecida por seu realismo (vide a criação do Homem-Aranha, Demolidor, etc), e a DC era conhecida por ter heróis mais "nobres, elevados, endeusados". Como você falou, é preciso dar um grande desconto para o pessoal que é exclusivamente "dos filmes", pois na verdade, muitos não sabem o que falam.
      Interessante, mas, além do Pink Floyd, parece que temos o gosto pelo universo Ultimate em comum também, principalmente em sua fase inicial.

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