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Análise do Planeta Marvel: X-Men - Os Filhos do Átomo (Salvat)

Veja a análise do Planeta sobre X-Men – Os Filhos do Átomo, lançado pela Salvat.



Antes dos X-Men, os mutantes já sofriam perseguição com a paranoia da população, principalmente na figura de William Metzger, líder a Milícia Antimutante. Enquanto seus discursos o levam à ascensão dentro do sociedade, os integrantes do que viriam a ser a Primeira Classe dos X-Men aparecem um a um, mostrando o que cada faz e como levam sua vida, já com seus poderes manifestados.

O Agente Fred Duncan do FBI é designado para investigar a questão mutante, mas o agente, desde o início, sempre manteve uma opinião neutra e nunca deixou que o preconceito tomasse conta de suas ações, o que será importante no final dessa história. Com a ajuda do agente, o Prof. Xavier vai trabalhar como orientador educacional na escola Freeport, onde estudam alguns jovens espeiciais – Scott Summers, Hank McCoy e Bobby Drake. Jean Grey já apresentava seus poderes e pesadelos, resultado da morte de sua amiga Annie e Warren, embora rico e até mesmo capa de revistas, combate o crime usando máscara e uniforme à noite.

Órfão, Scott foi morar com Jack Winters, um ladrão que abusa dos poderes do jovem e o trata de modo opressivo e violento. Bobby sofre muito com a mudança de temperatura de seu corpo, sempre sentindo muito frio. Hank é o astro da escola devido à sua fama como um jogador de futebol decisivo. Nessa mesma escola, alguns alunos racistas – Chad, Ruben e Starkey terão papel importante no desenrolar da trama, principalmente Starley que também descobre ser mutante.

Antes de ser convidado por Xavier, Warren chegou a ser salvo por Magneto quando era perseguido por um Sentinela, mas recusou fazer parte da Irmandade de Mutantes. Na escola, Hank salva Bobby, mesmo sem eles se conhecerem ainda de ser morto por Chad e Ruben. Começando por Scott, um a um o Prof. Xavier começa a convidar aqueles que seriam seus primeiros alunos – Scott, Bobby, Warren e por fim Hank.

O obcecado Metzger usa uma cobaia humana para transformá-lo num super-humano para exterminar mutantes, dentre eles, Starkey e Jean Grey. No primeiro dia de treinamento na Escola do Prof. Xavier, os quatro alunos fracassam vergonhosamente na Sala de Perigo. Alertado pelo Agente Duncan, Ele e Xavier vão ao resgate de Jean, mas não permite que seus alunos o acompanhem em vista do fiasco do primeiro teste. Mesmo assim, eles vão escondidos. A parte final da história que mostra o resgate de Jean foi decisivo para moldar toda a estrutura dos X-Men no dali por diante.

Por se tratar de algo desconhecido, a população e a mídia tratava o assunto “mutante” com muito medo e apreensão, chegando ao fanatismo. É bom ter em mente que naquela época, pouco antes dos X-Men, haviam poucos heróis no universo Marvel, e o escritor Joe Casey soube muito bem tratar desse assunto levando em consideração o contexto. Outro ponto importante foi desenvolver muito bem cada um dos primeiros alunos de forma bem distinta, mostrando como eles eram afetados pelos seus poderes. Foi emocionante, por exemplo, ver o sofrimento de Bobby até o momento em que ele não pôde suportar mais a manifestação de seus poderes gelados.

X-Men – Filhos do Átomo, foi uma minissérie em seis edições escrita por Joe Casey e desenhada por Steve Rude, lançada originalmente em 1999 e mostra o que aconteceu antes da revista X-Men #1. É interessante que, assim que você termina de ler essa minissérie e começa a ler a primeira edição de X-Men, tudo faz sentido. Outro mérito do escritor. Não subestime essa história achando que se trata de apenas mais uma história de origem, é muito mais do que isso.
Leitura altamente recomendada.


Por Roger

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2 Comentários

  1. Não é nenhuma novidade vermos minis que retratam o início da saga de heróis ou equipes, o diferencial é fazer isso bem e condizente com a época respeitando as raízes dos personagens, essa mini é um exemplo de como isso deve ser feito, Joe Casey criou uma saga de origem com início, sentido, meio e deixou as portas abertas para o futuro, não houve um final, mas um pontapé inicial. Acredito que se fosse roteirizada para o cinema, seria um perfeito reboot da franquia dos X-Men, melhor mesmo do que X-Men - Primeira Classe. A arte de Steve Rude também encaixou perfeitamente com os argumentos transmitindo o clima teen da época colegial e o belo confronto do Anjo com um Sentinela é um show a parte, a troca por Esad Ribic na reta final dá uma quebrada no visual justamente no clímax, porém não compromete o resultado final que é uma das melhores histórias dos X-Men no final do século XX. Obrigatória.

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    1. Realmente uma leitura obrigatória, para quem conhece e quem pretende conhecer o grupo. Particularmente, a maneira como o autor desenvolveu a subtrama para o Bobby foi impressionante. Mesmo quando ele aparecia nas cenas como coadjuvante ou até mesmo como "plano de fundo", dava par ver o sofrimento do garoto. Para mim, foi um dois momentos mais cativantes dessa história.

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