De
maio à agosto de 1986, a
DC Comics lançou a minissérie O Sombra em quatro partes, com roteiro e desenhos
de Howard Chaykin. O Planeta Marvel/DC e o MEGABLOG publicam mais um clássico
das HQs. Confira os comentários edição por edição e uma breve análise final.
Edição
#1: A agente federal Mavis, filha de Harry Vincent, descobre uma conexão entre
vários assassinatos recentes com antigos agentes do Sombra. Ela ajuda a evitar
a morte de seu pai, e os dois avisam Margô Lane, a provável próxima vítima, que
ainda está ressentida por ter sido abandonada por Lamont Cranston, o Sombra,
ainda nos anos 50.
Edição
#2: 35 anos após seu completo desaparecimento, o Sombra está de volta, sem
envelhecer nada. Ele começa a contar sua história que remonta há décadas, em
Shangai, quando deixou seu trabalho como espião e aceitou um serviço perigoso
como piloto de transporte aéreo. Um acidente que o levou até a mística cidade
de Shambala mudaria sua vida para sempre.
Edição
#3: O bilionário industrial Pres Mayrock, ao lado de sua esposa sociopata Mercy
e seu filho Junior, gerado para se tornar apenas uma carcaça gigante e forte,
estão atrás dos segredos de Shambala. Eles enviam uma equipe de mercenários
fortemente armados até a Mansão Cranston, mas são surpreendidos pelo Sombra.
Edição
#4: Lamont Cranston coloca toda a sua rede de espiões para trabalhar e acaba
descobrindo o responsável pela matança de seus antigos agentes. Porém, Pres
também está preparado para o Sombra e surpresas vindas do passado irão atingir
Kent Allard.
“Quem
sabe o mal que se esconde no coração dos homens?”
Como
parte da reformulação do universo DC pós-Crise nas Infinitas Terras, uma
minissérie de quatro partes do herói pulp O Sombra, escrito e desenhado por
Howard Chaykin foi publicado em 1986.
A história marca o retorno do violento agente da justiça
depois de mais de três décadas de isolamento. Agora, seus operativos estão
velhos e sendo assassinados um a um. O Sombra retorna e se depara com um caso
de vingança e chantagem.
A
perversidade desprovida de humanidade é retratada nessa história, originalmente
para um público mais adulto. A narrativa cínica e recheada de violência e
erotismo de Chaykin surpreende para a época. Como não poderia deixar de ser, em
uma trama de espionagem, não poderia faltar a corrida armamentista e a
ganância, típicas dos anos 80. O plano do “vilão principal” pode soar
megalomaníaco, mas é bem coerente com a proposta e com a época. Uma obra
instigante e que merece uma conferida.
Por Roger