O criador do Justiceiro, Gerry Conway, afirmou que cancelar todas as revistas de herói salvaria a indústria. Em uma thread no Twitter em que especula “o que faria se mandasse no mundo”, o autor compartilhou o que pensa sobre o futuro dos quadrinhos.
“Por vários motivos, as editoras tem
definido a audiência primária dos quadrinhos mais populares, focando em fãs de
longo prazo e colecionadores em potencial. Portanto, temos longas continuidades
focadas nos fãs, ‘eventos’ tri-anuais, reboots, capas variantes destinadas aos
colecionadores, etc. Cada uma dessas estratégias de marketing é designada
*apenas* para chamar atenção dos leitores que já são fãs.”
Ele
continua:
“Até mesmo os reboots, cuja intenção é
oferecer um ponto de ‘recomeço’ para os novos leitores, na verdades exigem uma
familiaridade com as iterações antigas [das histórias] para ser
interessante. Novos leitores não são bem-vindos na estratégia criativa que
existe nestas duas editoras mais populares [Marvel e DC Comics] – Na verdade,
novos leitores são ativamente *desencorajado* pelas editoras, que continua em
sua perseguição dos que já são leitores. O clubinho está fechado. Mantenham
distância.”
Assim,
Conway só vê uma alternativa para salvar o mercado dos quadrinhos: Cancelar
tudo. Ele explica:
“Eu cancelaria toda HQ de super-herói
que existe, e publicaria uma nova linha limitada para leitores medianos,
simplificando os personagens e histórias, eliminando todo ‘evento’ que exigiria
mais do que uma familiaridade com a continuidade básica. Faria umas 10 ou 15
edições.”
Nos
planos dele, os leitores de longa data não ficariam desamparados, mas deixariam
de ser o foco:
“Para os leitores já existentes, eu
ofereceria um graphic novel separada, e mais cara, com quaisquer tramas adultas
que os criadores e os leitores querem explorar. Mas isso seria separado. Não
algo mensal. Não algo popular. E eu faria *tudo* que fosse possível para
colocar os quadrinhos mensais em supermercados, teatros, e as grandes redes de
mercados como Walmart, Target e Costco, e ofereceria eles através dos serviços
de assinatura da Amazon. Eu investiria em toda alternativa de distribuição
possível.”
Fonte: Point Nerd
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