Boom! O fim – Na primeira história deste encadernado (edição #31 da
série original) a prefeita Mira Fermin após todos os trágicos eventos que quase
varreram Hub City do mapa em diversas edições anteriores, decide que é hora de
um ponto de ruptura, ou uma espécie de rito de passagem, para deixar todas as
tragédias para trás. Para isso resolve implodir um conjunto de edifícios,
Hell’s Acre, para moradores de baixa renda que é o pior retrato possível da
cidade: sujo, deteriorado, abrigo de todo tipo de malfeitores e malfeitos e
foco de inúmeras doenças. A ordem foi dada, o prédio evacuado, mas sempre tem
aqueles que resistem em sair.
E pra infelicidade da prefeita estes poucos insatisfeitos com
a sua decisão decidem sequestra-la para impedir a demolição.
Sem tempo de correrem e saírem do prédio ambos são engolidos pela
explosão.
E mais uma vez o que tinha tudo pra ser uma grande história frustra nos
detalhes. O’Neil escorrega em não dar profundidade na maioria dos atos dos
personagens. Assim como novamente faz o Questão conseguir chegar a lugares e
conclusões sem nenhuma base crível. Mas o pior é a fraqueza de visão social que
já foi tão exuberante nele de tentar fazer-nos acreditar que centenas de
famílias deixariam seus lares por pior que sejam para ir morar nas ruas
obedecendo uma prefeitura sem planos de realocação para elas.
No fim, escondidos e protegidos em túneis, emergem Vic e Mira ainda
incrédulos com a sobrevivência e com aquele furor que surge nessas horas pós-desastres
(ao menos em filmes e gibis) e ficam ali em meio a toda destruição, lixo e
fumaça e se beijam. E a cena é linda!
É perfeita a sintonia entre D. Cowan e M. Jones III, a arte das páginas
da série aumentam muito a qualidade quando ambos atuam juntos.
Como viram diferente das vezes anteriores, desta vez concentrei-me em
apenas uma das histórias do encadernado. Acho que assim deu pra trabalhar
melhor os diversos aspectos e espero contar com vocês na próxima semana.
Fonte: O Santuário
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