Alan Moore realmente deixou sua
marca na DC Comics. Não apenas em Monstro do Pântano, Batman: A Piada Mortal e
Watchmen. Se John Byrne foi o cara que deu uma nova origem ao Superman, alguém
precisava dar um fim a ele, e esse alguém foi Alan Moore. Nas duas últimas
edições de Superman e Action Comics, antes da reformulação, Moore nos traz as
duas últimas histórias do Homem de Aço, onde ele nos conta seus últimos
momentos. Com a arte do lendário Curt Swan, o artista que mais tempo ilustrou
as aventuras do Filho de Krypton e arte-finalizada por ninguém menos que George
Perez, essas edições foram memoráveis.

O Brasil só teve acesso a tal material em
1991, na revista SuperPowers #21, da Editora Abril e depois em 2003 por uma
editora que fez a "gentileza" de editá-lo em preto e branco. Com o
tempo a Editora Panini publicou uma edição especial com todas as histórias
(excetuando-se Watchmen e Monstro do Pântano) que Alan Moore produziu para a
editora antes de deixá-la. Entre elas estavam as duas partes de "O Que
Aconteceu ao Homem de Aço?" Com o passar do tempo essa edição se esgotou e
hoje em dia é bem complicado encontrá-la. Assim ficamos mais uma vez sem essa
preciosidade. Até agora.

Novamente a Panini trouxe à luz
esses importantes contos do Homem de Aço, incluindo outros dois já conhecidos
tanto da edição especial com Alan Moore, quanto de edições antigas que remontam
à Editora Abril. São elas: "A Linha da Selva", um crossover com o Monstro
do Pântano, onde o Superman é contaminado por um meteorito e "Para o Homem
Que Tem Tudo", umas das melhores histórias já produzidas com o personagem,
onde Mongul, um de seus inimigos, insere no peito de Kal-El uma planta
alienígena que faz a pessoa entrar em um estado catatônico e viver uma
realidade alternativa em que tudo acontece conforme ela sempre sonhou. Chegou
até a ser transformada em episódio da Liga da Justiça Sem Limites, obtendo o
mesmo sucesso.
Esta edição é para figurar entre a coleção de
todo fã do personagem ou todo fã de quadrinhos. Histórias que fazem com que
ainda valha a pena ler gibi.