Planeta Resenha DC: Monstro do Pântano #1

Depois de 18 edições da revista Dark no Brasil, a Panini muda a sua estratégia com a linha mágica da DC e coloca um dos pesos pesados da linha em encadernados da editora. Eles aproveitam o fim da fase de Scott Snyder e deixam o caminho livre para os leitores conhecerem a nova equipe criativa e também um novo Monstro do Pântano.

Quando falo um novo Monstro do Pântano é porque Charles Soule, pega algumas linhas bem básicas do roteiro truncado e esticado de Snyder e começa a explorar esse personagem que tem a estigma de ter bons artistas, mas que por diversas vezes erram feio a mão com o cara de cipó.

Ficha Técnica:

Monstro do Pântano #1

• Roteiro: Chales Soule
• Desenhos: Kano, Jesús Saiz e David Lapham
• Cores: Matthew Wilson
• Preço: R$: 19,90
• Panini Comics
• (Publicado originalmente em Swamp Thing 19-23.1)

Após o fim da passagem de Scott Snyder, o novato Charles Soule tem a árdua tarefa de tomar o lugar de uma estrela dos quadrinhos norte americanos. Para isso o novato utiliza algumas referências do seu predecessor e expande os problemas do Dr. Holland, Avatar do Verde. Nesta edição vamos ter dois pequenos arcos que vão solidificando ideias que Soule tem sobre o Monstro do Pântano.

A entrada do novo roteirista, trás consigo algumas novas ideias, nesta HQ vamos rever o Monstro do Pântano depois do fatídico evento de Mundo Podre. Desempenhando suas novas atribuições como Avatar do Verde e investigando acontecimentos muito estranho ligados ao Verde em volta do mundo. Estes acontecimentos estão todos envolvendo um homem chamado Semeador.

Dentro da história vamos encontrar um Dr. Alec Holland tentando aceitar o fato de não ter mais sua amada ao seu lado e se questionando sobre se suas atitudes como Avatar do Verde estão certas. Para isso ele busca o maior ícone moral dentro do universo DC, o Superman, que com poucas palavras consegue fazer Holland entender que ele é muito mais que um corpo feito de plantas.

Em outra parte podemos ver a dupla de ouro da linha mágica da DC ativa novamente, Monstro do Pântano reencontra seu amigo de longa data Contantine. Por causa do Semeador que deu a uma cidade uma árvore de Uísque que deixa todos muito violentos e neste lugar vemos Holland ser retalhado literalmente. Tendo que se utilizar toda a sua força de vontade para salvar a cidade e seu amigo pilantra.

A edição dos vilões mostra Arcane no nada e ele tem uma conversa com Abigail, nova avatar da podridão, e neste ínterim ele conta como foi que a mãe de Abby foi morta e todas as torturas que ele fez com a sua jovem irmã.

Os roteiros de Charles Soule pregam por arcos curtos e que vão montando um cenário maior, diferente de Snyder que utilizou 18 edições para contar a sua história. Posso dizer que Soule soube caracterizar muito bem os personagens, tanto o Superman quando Constantine foram bem desenvolvidos. Um roteirista prolixo, que sabe dosar entre a parte filosófica e ação que devemos esperar do Monstro do Pântano.

Na questão arte, todos os que trabalham nas HQ se saem muito bem, Kano que era o desenhista principal da série está muito bem, faz páginas duplas lindas, que realmente fazem a história ficar homogênea, ou seja, roteiro e arte trabalhando juntos de uma forma que um complementa o outro. Saiz que faz a edição de Arcane, respeitando trabalho de Kano e por isso acaba continuando a frente do título, depois que o titular acaba por sair.

Monstro do Pântano entrega uma história competente, que faz jus ao personagem e mantém a qualidade de praxe do cara de cipó. Boas histórias dessa que considero uma das melhores revistas dos Novos 52 desde o começo na nova empreitada.

Nota: 9/10

Por Pablo Sarmento

Fonte: Terra Zero