Há seis meses atrás a dupla Van
Jensen e Robert Venditti iniciaram sua fase no título do velocista escarlate
com uma proposta muito interessante: A força de aceleração está com defeito e
toda vez que o Flash acessa seus poderes ele perde alguns segundos de sua vida.
Com o passar dos anos, esses segundos se tornam minutos e o homem mais rápido
do universo DC acaba se vendo impotente diante de algumas tragédias que acabam
ocorrendo. É o conceito de que finalmente o Flash chega atrasado para salvar o
dia.
Os desenhos de Brett Booth não
evoluíram nem um pouco desde que o artista assumiu o título na edição 30. Ainda
temos muitos problemas de caracterização de personagens “humanos”. Todo o
elenco “normal” aqui tem uma representação genérica. Como esta edição tem muito
mais Flash do que as anteriores o artista até que consegue se safar de uma
apresentação mais embaraçosa. Ao desenhar os Flash, Booth faz um trabalho
regular e até aceitável. No entanto, sua tentativa de enquadramento “cinético”
decepciona quase que todas as vezes e a anatomia do personagem em movimento
(que é o mais importante no título do Flash) geralmente é mal representada e
por vezes até torta. As cenas de luta aqui tem bons momentos, mas poderiam ser
muito melhores nas mãos de um artista mais caprichoso.
Flash #35 é o confronto final entre 3 Flashes
(é isso mesmo). O final de uma premissa interessante e que explora aspectos
ainda não vistos da natureza da força da aceleração nos Novos 52. A origem de
Wally West como Flash na edição tie-in com Futures
End foi uma sacada
interessante dos roteiristas, no entanto o destino do personagem aqui, poucos
meses depois, é decepcionante e abre margem para muita lamentação e mimimis futuros
(totalmente fundamentados). A salvação da lavoura é que o roteiro nos deixa em
um ponto de ruptura na vida de Barry Allen e do Flash Futuro. Uma situação
atípica nesse título começa a se desenhar e isso torna as próximas edições
muito intrigantes. A arte de Brett Booth aqui não chega a ser desastrosa, ele
sabe desenhar um Flash bacana, no entanto existem falhas graves nas cenas de
ação e a caracterização do elenco continua muito fraca. Flash não é o mesmo título desde a
saída da dupla Buccellato e Manapul. A qualidade no título caiu sim e não houve
uma recuperação. No entanto, para os fãs do personagem este run está longe de
ser um desastre completo. Temos uma leitura mensal divertida e que promete
algumas boas surpresas daqui para frente.
Por Igor Tavares
Fonte: Proibido Ler
Fonte: Proibido Ler
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