Quem é essa tal Capitã Marvel que vai ganhar filme pela Marvel Studios / Disney dentro
do universo cinemático da Marvel? Quem é essa mulher que vem ganhando títulos
da Marvel nos
EUA e encadernados da Panini Comics no Brasil? O
que é a Tropa Carol? Descubra aqui. Descubra agora!
O título Ms. Marvel, lançado em 1977, trazia uma história
de superação feminina. O alter-ego de Miss Marvel é Carol Susan Jane Danvers, a
filha mais velha e única garota de uma família muito grande, que passou a
infância competindo com seus irmãos mais jovens. Desde muito cedo, Carol teve
uma natureza independente e grandes aspirações para o futuro. Estes desejos,
contudo, eram repreendidos pelo pai da moça, que preferia investir o seu
dinheiro na educação de seus filhos homens e acalentava a crença que um marido
seria a solução para os problemas da jovem, pois este a sustentaria pelo resto
de sua vida.
Desobedecendo a seu pai e seguindo sua admiração pela
aviação e seu sonho de voar, Carol Danvers se alistou na Força Aérea depois de
ter concluído o segundo grau como uma das melhores alunas da turma.
Rapidamente, Carol ascendeu na Força Aérea, tornando-se parte da equipe de
inteligência militar e trabalhando como espiã para o governo. Um dos parceiros
mais frequentes da jovem, naquela época, foi Logan, também conhecido por Wolverine.
Depois de anos trabalhando para a inteligência, Carol chegou
ao posto de major. Naquela que seria sua missão final para a CIA, Carol foi
aprisionada e torturada pela KGB. Resgatada por seus amigos contra as ordens
federais, ela deixou o trabalho de campo na inteligência e foi trabalhar como
chefe de segurança da base da NASA em Cabo Canaveral. Foi lá que a futura
super-heroína conheceu o Capitão Marvel, um alienígena kree infiltrado,
primeiramente em sua identidade civil falsa, o Dr. Walter Lawson, e depois como
o mascarado Mar-Vell.
Curiosa
sobre Lawson e confiando cada vez mais em Mar-Vell, Carol via o Cabo Canaveral
ser o epicentro de vários fatos bizarros, já que o alienígena era atacado por
adversários e mesmo por seu superior kree Yon-Rogg. Carol foi pega no fogo
cruzado e, apesar de suas habilidades, ficava frequentemente em perigo para
depois ser resgatada pelo suposto herói. Também crescia sua atração pelo
corajoso Capitão, sem que ela desconfiasse de sua origem extraterrestre. Esses
sentimentos se refletiam em Mar-Vell, que os negava com muita dificuldade.
Assim, mesmo quando pareceu que o Capitão Marvel fosse um traidor, Carol se
recusou a acreditar e buscou sua exoneração.
Para se vingar do herói, Yon-Rogg sequestrou Carol,
planejando uma armadilha. Presa, ela finalmente descobriu a verdade sobre o Capitão Marvel.
Yon-Rogg usou uma poderosa e proibida arma kree, o Psico-Magnitron,
descrito como capaz de transformar desejos em realidade, mas mesmo assim foi
derrotado. Contudo, quando Mar-Vell levava Danvers, gravemente ferida, para
longe dali, o dispositivo explodiu, banhando-os em energia. Carol desejava
poder, para ficar nas mesmas condições que o Capitão Marvel, e não como uma
vítima indefesa. O Psico-Magnitron usou
energia dos Nega-Braceletes do alienígena para reconstruir o DNA de Carol,
criando uma síntese de genes krees e humanos e confeccionando para ela um traje
nos moldes do de Mar-Vell. Depois de se recuperar do incidente, Carol voltou ao
trabalho na NASA e posteriormente publicou um livro sobre a indústria da
aviação, que se tornou um best-seller, o que lhe abriu carreira no campo do
jornalismo.
A MISS MARVEL NO UNIVERSO
MARVEL
Foi no meio
destes acontecimentos que se desenrolavam as histórias de sua revista própria,
Ms. Marvel, os eventos narrados anteriormente se passam na revista do Capitão
Marvel. Com o sucesso de seu livro passa a editar a revista feminina “WOMEN”,
de J. Jonah Jameson.
A publicação estava com suas vendas afundando e coube à Carol revitalizá-la.
Rapidamente descartou o enfoque dado por Jameson como uma revista cheia de
dicas de beleza e receitas de quitutes e buscou uma visão mais revolucionária
focando em assuntos e conquistas das mulheres. Um destes temas era a estreia de
uma nova super-heroína, Miss Marvel, que era um mistério para todos, inclusive
para Carol Danvers.
O fato é que Danvers não tinha consciências de seus atos
como a heroína, pois como efeito colateral de seus novos poderes kree, o Psico-Magnitronnão
havia apenas lhe dado um corpo, mas também uma mente alienígena. A partir de
então, ela passa a encarar os desafios advindos de uma vida dupla e estressante
como editora de revista e super-heroína nas horas vagas, que para sua mente
“humana” pareciam lapsos de memória. Um pouco mais para frente Miss Marvel se
tornaria um dos membros fundamentais da fase mais lembrada dos Vingadores,
aquela com Steve Englehart nos
roteiros e John Byrne e George Pérez nos desenhos.
Carol Danvers era uma mulher auto-suficiente e influente no
mundo, responsável por inspirar personagens como Mary Jane Watson a serem mais
atuantes. Além disso, a personagem marcava pelo pioneirismo feminino por
ingressar nas forças armadas, um campo majoritariamente masculino. Foi uma das
revistas com protagonista feminina da Marvel que mais durou na época: 23
edições, uma grande exceção na editora juntamente com Mulher-Hulk nos anos 80. Um dos grandes
responsáveis por essa virada de Carol foi Chris Claremont, que substituiu Gerry Conway nos
roteiros ao lado do parceiro de X-Men, Dave Cockrum. Lá eles introduziram personagens
importantes dos mutantes como Rapina e
Mística.
A
Casa das Ideias havia aprendido com seus erros e com Miss Marvel produzia uma
revista que agradava os preceitos do movimento feminista e, portanto, segundo o
movimento, seria uma leitura recomendável para meninas. Ainda, encaixava-se na
clássica mitologia dos super-heróis, com direito a uma vida dupla. Ia além: no
melhor estilo Marvel, apresentava uma protagonista que era, de certa forma,
desajustada em relação ao seu ambiente, não consciente de seu papel como
heroína, “presa em mundo que não criou”. Também tinha poderes que resultaram de
um acidente e um passado familiar conturbado. Curiosamente, a revista não tinha
participação feminina em seu desenvolvimento.
PARCERIA COM OS VINGADORES E
X-MEN
Na década de
80 surgia a primeira Capitã Marvel, mas que em inglês, continuava sendo
Captain Marvel, já que para a língua anglo-saxônica não existe gênero. A
primeira Capitã Marvel foi Mônica Rambeau, que teve outros codinomes como Fóton, Pulsar e
agora, Espectro, e
tinha os poderes de transformar seus corpos em ondas eletromagnéticas, entre
elas a luz. Mônica já foi líder dos Vingadores, já participou de várias
formações e também da Nova Onda. Hoje ela faz parte dos Poderosos
Vingadores.
Mas voltando à Carol Danvers, depois que a mutante Vampira
sugou seus poderes levando-a quase à morte não fosse a ajuda da Mulher-Aranha e dos X-Men, a Miss Marvel passou um
tempo no espaço com os Piratas Siderais, onde obteve poderes cósmicos e
passou a chamar-se Binária.
No final dos anos
90, com os Heróis Retornam, Carol passou a ser um membro-base dos Vingadores de Kurt Busiek e
George Pérez, dessa vez, atuando sob o codinome Warbird. Depois de Dinastia M,
nos anos 2000, em que figurava como a principal heroína daquela realidade,
Carol decidiu que precisava se destacar. Assim, ela virou líder dos Poderosos
Vingadores, a equipe de heróis registrados pelo governo, da qual o Homem de Ferro fazia parte, após a Guerra Civil. Nessa época Carol Danvers ganhou sua revista
própria, Ms. Marvel, que durou 50 edições. Os roteiros de Brian Reed, porém,
não eram muito consistentes, e não tiveram grande aceitação do público.
Já na década de
2010, próximo do evento Marvel Now!, e após uma provocação da
Mulher-Aranha, a então Miss Marvel assume o nome e o codinome de Capitão
Marvel, no português, Capitã Marvel. Carol ganha revista própria, pela primeira
vez escrita por uma mulher, Kelly Sue DeConnick, esposa de Matt Fraction. Kelly Sue assume uma abordagem mais feminina para Carol
destacando aspectos que apenas uma mulher poderia destacar, como o fato de as
meninas chorarem quando o lápis de olho cutuca a pálpebra. Por outro lado, o
lado piloto de Carol foi sublinhado, mostrando suas aventuras a bordo de
aviões. Na revista e fora dela é criada a Tropa Carol, uma união de várias
pessoas que apoiam a Capitã Marvel.
A primeira fase de
seu título foi cancelada, não por baixar vendas, mas para se adequar ao evento
Marvel Now!, no final da primeira jornada a revista dá espaço para o surgimento
de uma nova Miss Marvel, uma muçulmana despertada durante os eventos da Inumanidade com poderes de alterar forma e massa do corpo.
Vida longa à Miss Marvel, Capitã Marvel, Binária ou Warbird ou qualquer
codinome que Carol Danvers adote no futuro. E que seu filme seja um sucesso
estrondoso como o primeiro filme solo de uma heroína feminina dentro do Marvel
Studios! Sim, esqueçam Elektra eMulher-Gato, pelo amor de Galactus!
Por Guilherme Smee
Fonte: Splash Pages
Fonte: Splash Pages
2 Comentários
É uma Heroina loira gata e gostosa e que já teve mais de mil faces(negra,espacial..) nas Hqs!! Marcos Punch.
ResponderExcluirÉ verdade, e até como Miss Marvel, tem uma adolescente chamada Kamala que é muçulmana. É bem divertido, mas nada muito profundo.
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