Continuando com a série especial
sobre os Novos 52, veja a Opinião do Planeta sobre mais treze títulos lançados
em 2011.
Lançado para dar continuidade ao
relacionamento entre Bruce Wayne e seu filho Damian Wayne, o roteirista Peter
Tomasi, acompanhado do desenhista Patrick Gleason (a dupla fez um bom trabalho
com a Tropa dos Lanternas Verdes pré-Novos 52) souberam muito bem como
desenvolver a dinâmica da dupla. Principalmente o personagem do Damian foi bem
desenvolvido e seu relacionamento com o “pai” foi natural, sem ser forçado.
Infelizmente, depois da morte de
Damian, as histórias foram caindo de qualidade, e o retorno do filho de Bruce
Wayne, para mim, não era necessário, embora eu também achava que ele não devia
ter morrido.
Há um arco das edições 24 à 28 com a participação do Duas-Caras que foi elogiada pelo meu parceiro ANT e que vale dar uma conferida.
Há um arco das edições 24 à 28 com a participação do Duas-Caras que foi elogiada pelo meu parceiro ANT e que vale dar uma conferida.
Apesar de tudo, no geral,
recomendado, principalmente até a edição 17 ou 18.
2. Batwoman
Série bastante elogiada, com um tom
de suspense e terror nos traços de J.H. Williams III que foram o ponto forte da
série, com enquadramentos diferenciados (e que deve ter dado muito trabalho para ler em versão digital) e cores bem trabalhadas, e com histórias bem elaboradas com vários flashbacks.
Depois a série passou a ser escrita por Mark Andreyko e manteve quase a mesma pegada. Reconheço que é uma série de qualidade, mas para mim, particularmente, prefiro coisas mais simples. Acho que dá para se fazer quadrinhos com boas histórias, bons desenhos, bom desenvolvimento de personagens e tramas, mas sem ser complexo demais.
Depois a série passou a ser escrita por Mark Andreyko e manteve quase a mesma pegada. Reconheço que é uma série de qualidade, mas para mim, particularmente, prefiro coisas mais simples. Acho que dá para se fazer quadrinhos com boas histórias, bons desenhos, bom desenvolvimento de personagens e tramas, mas sem ser complexo demais.
Não recomendado, mas foi bem elogiado.
3. Exterminador
Assim que li a primeira edição dessa
revista do Exterminador fiquei com uma boa impressão de que veria aquele
Exterminador da fase pré-Novos 52, ou seja, aquele que enfrentou um grupo da
Liga da Justiça sozinho e bateu em todos eles (aconteceu em Crise de
Identidade), que era o mesmo que aparecia nas histórias dos Novos Titãs na
época do Wolfman/Pérez, um inimigo que dava medo só de mencionar o nome.
Mas, infelizmente, o que aconteceu depois
foi bem diferente. Ele continua sendo um mercenário, mas está bem mais fraco,
indeciso e não foi bem desenvolvido, mesmo na fase final, quando sua família
foi inserida das histórias e tentaram contar o passado de Slade Wilson, achei
que não ficou bom. Uma pena, um ótimo potencial desperdiçado.
Não recomendado, mas se quiser dar
uma conferida...
4. Cavaleiros do Demônio
Esse grupo foi criado para ser o
“primeiro grupo de heróis” do universo dos Novos 52, ou seja, o começo do
Stormwatch. E cumpriu muito bem esse papel. O time de personagens reunidos
estava muito bom e fazia sentido. Além disso, esse grupo bem inusitado viveu
boas aventuras, e a forma como foram reunidos e depois a motivação de estarem
juntos foi bem convincente. Me lembrou boas histórias de aventura, no melhor estilo Senhor dos Anéis.
Praticamente todos os principais
personagens foram bem explorados, com mais destaque para Etrigan/Jason Blood.
Recomendado.
5. Frankenstein – Agente da SOMBRA
A comparação com Hellboy foi
inevitável, mas isso não tirou o mérito dessa série.
Mais uma, das muitas divisões que apareceram nos Novos 52, a SOMBRA também queria ter a sua parcela de contribuição para a manutenção da paz mundial combatendo o sobrenatural. A revista até teve participação na Saga da Podridão do Homem-Animal e Monstro do Pântano.
Mais uma, das muitas divisões que apareceram nos Novos 52, a SOMBRA também queria ter a sua parcela de contribuição para a manutenção da paz mundial combatendo o sobrenatural. A revista até teve participação na Saga da Podridão do Homem-Animal e Monstro do Pântano.
A interação dos personagens eram
muito divertidas, principalmente o Vampiro e o Lobisomen. Uma pena ter durado
tão pouco.
Altamente recomendado.
6. Lanterna Verde
Se o objetivo era começar do zero,
essa revista teve dois pontos que eu gostaria de levantar: (1) poderiam ter
feito um breve resumo do que aconteceu antes para mostrar porque Hal Jordan não
era mais um lanterna verde e porque Sinestro aparece em seu lugar e (2) de
qualquer forma, um ponto positivo para a DC, afinal, no universo pré-Novos 52,
Sinestro era um lanterna verde antes do Hal Jordan.
De qualquer forma, Geoff Johns
continuou com sua fase excelente e manteve o nível até o fim. Inclusive,
parabéns à Panini por estar publicando toda essa fase do Johns em forma de
encadernado capa dura, espero que continue até o fim.
Mesmo depois da fase do Johns, o bom
nível se manteve, inclusive na edição final (antes de Convergence), onde cria
uma expectativa muito boa do que vem por aí.
Altamente recomendado.
7. Bandoleiro
Mais um herói vindo da Wildstorm e
incorporado ao universo DC dos Novos 52. Quando li a primeira edição, gostei
muito da trama, e até me lembrou um pouco a trama do ROM – O Cavaleiro do Espaço
(da Marvel). Bandoleiro é Cole Cash, um ex-agente secreto que caça uma raça
alienígena – os demonitas – que podem substituir o corpo de qualquer pessoa,
fazendo com que uma pessoa comum ache que o Bandoleiro está matando um civil.
Infelizmente, quando Rob Leifeld
assumiu o título, tudo começou a ir por água abaixo. Não é querer pegar no pé mas, O Bandoleiro começou a
apresentar super poderes do nada e sem explicação nenhuma e assim foi. Considero
“Bandoleiro” um dos maiores desperdícios dos Novos 52, pois tinha tudo para ser
uma série super bacana, mas acabou de um modo lamentável.
Não recomendado, a não ser as primeiras edições.
8. Legião Perdida
Alguns membros da Legião dos
Super-Heróis (Vésper, Pulsar, Tellus, Yera, Tyroc, Lobo Cinzento e Portal)
acabam vindo à Terra em nosso século por acidente, enquanto perseguiam um vilão.
A trama é bem interessante – como esses heróis do século 30 conseguirão voltar
ao seu tempo, e ao mesmo tempo lidar com os nossos dias atuais e ainda tem de
prender o vilão?
O começo foi muito bom, e esses heróis
ainda tiveram uma participação na saga “A Seleção” com os Novos Titãs e o
Superboy.
Recomendado.
9. Senhor Incrível
Michael Holt é o dono de uma empresa
de tecnologia que usa todos os recursos disponíveis para que ele possa atuar
como o Senhor Incrível. A primeira edição foi bem interessante, e teve até a
participação da Poderosa (em sua identidade como Karen Starr).
O Senhor Incrível era integrante da Sociedade da Justiça da fase Pré-Novos 52 e sempre foi um dos mais inteligentes. O problema é que nos Novos 52, ele é considerado o terceiro ou quarto homem mais inteligente do mundo, mas suas histórias parecem ter sido escritas para esse tipo de pessoa, porque, com o passar das edições eu comecei a não entender mais nada. Ainda bem que foi cancelado logo.
O Senhor Incrível era integrante da Sociedade da Justiça da fase Pré-Novos 52 e sempre foi um dos mais inteligentes. O problema é que nos Novos 52, ele é considerado o terceiro ou quarto homem mais inteligente do mundo, mas suas histórias parecem ter sido escritas para esse tipo de pessoa, porque, com o passar das edições eu comecei a não entender mais nada. Ainda bem que foi cancelado logo.
Os desenhos também não ajudavam.
Não recomendado.
10. Lanternas Vermelhos
Antes dos Novos 52, Atrócitus se
tornou o líder da Tropa dos Lanternas Vermelhos e o título começa com o líder
um pouco relutante sobre suas motivações, o que acaba criando um bom
desenrolar. A violência é marca registrada dessa revista, afinal essa é a Tropa
da “raiva”.
Os Lanternas Vermelhos tiveram muita
participação nas sagas dos Lanternas durante a passagem de Geoff Johns na
revista do Lanterna Verde, e depois passou a ser escrito por Charles Soule, que
trouxe seu toque peculiar de humor, mesmo que às vezes, de forma bem discreta e
os Lanternas Vermelhos passaram a ter Guy Gardner como líder.
A Supergirl também teve uma participação
importante nas edições finais.
Pena que não foi o Soule quem terminou a série.
Pena que não foi o Soule quem terminou a série.
Recomendado.
11. Ressurreição
Ouvi falar muito bem sobre a fase do
Ressurreição nos Anos 90, mas não li nada ainda. De qualquer forma, a
expectativa era grande, já que a dupla de roteiristas era a mesma dessa fase
elogiada.
Infelizmente, não gostei do que vi. O
personagem em si, é até interessante – ele ressuscita com algum poder que está
relacionado à sua morte – mas as histórias foram muito fracas. A revista até
tentou manter um clima de suspense até o fim, para deixar o leitor na
expectativa sobre o passado do Ressurreição, mas foi uma decepção maior ainda.
Não recomendado.
12. Esquadrão Suicida
Sou fã do Esquadrão Suicida dos Anos
80, mas não sou tão radical assim, e resolvi dar uma chance para esta nova
formação. No geral, gostei bastante das tramas e do desenvolvimento dos
personagens principais, até mesmo dessa nova versão da Amanda Waller.
Apesar da troca de roteiristas, as
histórias mantiveram o bom nível, com várias reviravoltas (aliás, as reviravoltas foram uma marca registrada nessa série) e o grupo teve uma
participação importante na saga Vilania Eterna.
Recomendado.
13. Superboy
No começo as histórias do Superboy
eram bastante relacionadas com a dos Novos Titãs (inclusive era o mesmo
roteirista, Scott Lobdell). Por ter um título próprio, o personagem foi muito
bem desenvolvido com uma nova origem e novas motivações.
O herói teve várias participações
nas sagas do Superman. Infelizmente na reta final, a qualidade caiu muito.
Recomendado especialmente do começo
até o meio (edição 13 mais ou menos).
Aguardem a Parte 3!
Por Roger
4 Comentários
Bom post, eu gostei da do Exterminador do começo ao fim,concordo que o personagem não foi bem desenvolvido mas não senti falta dele batendo na Liga,sempre achei aquilo bem incoerente, me incomodei só com o arco do Lobo nesse novos 52.
ResponderExcluirMas entendo o porque de você não recomendar.
Ps:Eu nem ia olhar esse Franksetein mas agora que você comentou irei conferir.
De 10 pessoas que eu ouço falar, "11" não gostam do Rob Liefeld. Eu não sou de ficar pegando no pé de ninguém, mas todas as quatro séries que ele assumiu os roteiros nos Novos 52 (Rapina e Columba, Bandoleiro, Exterminador e Gavião Negro), para mim, ele estragou tudo. Eu achei nítido a diferença nos roteiros e nos diálogos. E ele parece que gosta de inserir personagens com uniformes coloridos do nada (aconteceu em todas as quatro revistas, não pode ser coincidência). Uma pena, mas certamente respeito e concordo com sua opinião, principalmente no arco do Lobo. Aliás, preciso começar a ler a revista dele dos Novos 52. Você leu?
ExcluirE também eu ainda quero (e preciso) ler a nova série do Exterminador (a do Tony Daniel). Você já leu está também?
A do Frankenstein eu recomendo fortemente. No começo estranhei um pouco a arte, mas me acostumei logo, pois as histórias estavam bem bacanas, e eu não me incomodei com o fato de muitos dizerem que era uma "cópia" do Hellboy, até porque o Hellboy é legal também.
Não li a hq do Lobo, a do Exterminador(essa nova) eu li só a primeira e achei bem mais ou menos,tenho que ler o resto.
ExcluirPs:Desse que o Liefeld escreveu eu só li a do Exterminador e um pouco da do Gavião Negro(que eu achei meio ruim mas tinha esperança).Vou ler esse Bandoleiro já que você recomendou o começo dela,Rapina e Columba nunca tive interesse, menos ainda agora que você disse que é ruim.
OK, depois comenta o que achou.
ExcluirValeu!