Depois
de assumir os roteiros e os desenhos do Demolidor,
Frank Miller resolve começar tudo do zero, mas sem desconsiderar o que ele e
Roger McKenzie já vinham trabalhando no título.
A
contribuição de Miller foi tão profunda, que ele criou toda uma rica mitologia
para o universo do Homem Sem Medo, enfatizando sua incansável busca pela
justiça, seus intermináveis embates contra o Rei do Crime, a introdução de
aspectos orientais (que Miller sempre gostou) com a chegada do Tentáculo, a
criação de uma nova e inesquecível personagem – Elektra, e as lutas violentas e
mortais contra o Mercenário. E, além disso, tudo, outros personagens
coadjuvantes foram tão importantes e bem trabalhados – Ben Urich, Foggy Nelson,
Viúva Negra, Gladiador, Tucão, Vanessa Fisk, Heather Glenn e Stick – que
podemos considerar como uma obra completa, perfeita.
Todas
as subtramas propostas por Miller no decorrer das histórias acabaram sendo
desenvolvidas e acabadas. Quando você lê as edições 158 à 191 (menos a 162),
fica a impressão de que nada mais precisa ser lido do Demolidor, pois nada mais
poderia superar o que foi feito. Na verdade, hoje eu sei que isso não é
verdade, mas na época, eu acompanhei mês a mês na revista Superaventuras
Marvel, e quando li a última do Miller, a edição 191 (que, aliás, está no meu
Top 10 de melhores histórias já criadas), para mim, nada mais precisava ser
escrito sobre o herói cego.
Momentos
marcantes quando Elektra fere gravemente Ben Urich, o Mercenário assassina
Elektra, Foggy Nelson e Tucão frente a frente com Wilson Fisk, pode até passar
a impressão de que o Demolidor é o personagem secundário nesse emaranhado de
subtramas. Mesmo assim, vemos todo o drama vivido por Matt Murdock em seu
dilema entre a lei e a justiça com suas próprias mãos, a perda momentânea de
seu radar, as constantes surras que ele levava, chegando até a acordar numa
caçamba de lixo, seu coração dividido entre sua noiva Heather Glenn e seu
antigo amor Elektra, além de ver Miller começar a introduzir um lado psicótico
e esquizofrênico em Murdock, que seria mais desenvolvido em Queda de Murdock e
na fase de Brian Bendis.
Enfim,
a fase em que Frank Miller escreveu e desenhou as histórias do Demolidor são
acima de qualquer crítica ou análise. Vários sites especializados e com
críticos melhores do que eu já fizeram excelentes análises dessa fase, por
isso, me limitei apenas a apresentar alguns aspectos que são essenciais para
que você tenha a certeza de que Demolidor de Frank Miller não pode faltar na
coleção de qualquer fã de HQs, mesmo não sendo fãs do Herói Sem Medo.
Por Roger
4 Comentários
Não li toda só algumas histórias mas esta na minha lista.
ResponderExcluirPs:Mas a queda de Murdock é impecavel.
Pretendo fazer a Parte 3 justamente da Queda de Murdock. Alguns meses atrás reli pelo encadernado da Salvat e fiquei impressionado com a maturidade da história, especialmente se for contar que ela foi criada nos anos 80 ainda.
ExcluirValeu pelo comentário!
Curto muito seu blog!!!!
ResponderExcluirPazzzzzzzz
Carlos, fico feliz por seu comentário. É um grande incentivo sem dúvida. Como já deve ter notado, os posts são diários, e você sempre será bem-vindo para dar uma verificada e comentar sempre que desejar.
ExcluirAbraço!