Após o fim de Convergence, a DC
Comics assumiu o compromisso de garantir a seu público uma grande diversidade
de títulos e temas, com abordagens diferenciadas apostando na oportunidade
criada com os múltiplos mundos de seu Multiverso. Em entrevista para o site Newsarama,
o publisher da DC, Dan DiDio comentou sobre a nova fase da editora, DC You, e
sobre como fica a cronologia de seus títulos.
Os questionamentos a respeito da continuidade dos títulos da DC deve-se ao fato de que durante a minissérie Convergence, a editora abraçou a ideia de seus diversos universos paralelos, o Multiverso, que desfaz a “Crise nas Infinitas Terras” e resgata aspectos da cronologia antes de “Ponto de Ignição”, ou seja, antes do reboot de 2011 que criou o universo dos “Novos 52″.
A ideia de Terras paralelas é tema
usado por Grant Morrison em The Multivsersity que tem usado o termo
“multi-multiverso” para expandir ainda mais o conceito de sua
“multiversidade”. Morrison continuará nesta linha com sua próxima série, Multiversity
Too.
Porém o termo “continuidade solta”
que parece caracterizar a nova fase da DC após Convergence é o que a editora se
propõem a ser daqui para frente? Dentro dessa inúmera quantidade de Terras,
qual é o papel das histórias de origem estabelecidas a quatro anos atrás para
os personagens da DC desde o reboot?
Dan DiDio esclareceu que a DC Comics
agora está indo em todas as direções, seja para uma cronologia mais solta ou
mais amarrada. A continuidade ainda tem seu papel central em vários títulos da
editora, mas o compromisso com a diversidade de estilos, tons, criadores e a
sensibilidade dos quadrinhos serão incentivados ainda mais.
Nós colocamos um monte de material
em nossa base mensal e nosso objetivo é criar algo para todos, mas não
simplesmente ignorar os nossos pontos fortes. O ponto forte que temos na DC
Comics, e que outras empresas de esforçam para ter, é um núcleo de continuidade
forte, um universo interligado interativo e grandes personagens. E
queremos continuar construindo sobre isso.
O publisher ainda falou dos títulos
da linha Convergence, como “Titans Hunt” e “Lois e Clark”, esclarecendo
que a ideia não é fazer histórias em vários mundo numerados, mas aproveitar
essa diversidade de mundos para construir a narrativa, tendo lugares para ir
com diferentes aventuras ao invés de definir que cada título tenha seu próprio
mundo e sua própria direção.
DiDio disse que não fortaleceria a
linha de publicações dessa forma diversificando tudo de maneira tão rápida,
porque acredita que logo todas essas coisas estariam competindo entre si para
atrair mais atenção.
O que queremos é criar as
sensibilidades que tínhamos e que levaram até a “Crise nas Infinitas Terras” –
mundos múltiplos e oportunidades para tecer uma grande história, ou
aproveitando para ajudar e apoiar a avançar ideias daqui para frente.
Fonte: Nerd Geek Feelings
2 Comentários
Meu entendimento dessa situação é o seguinte: Teremos um grande complexo de experimentos criativos aonde veremos histórias e mundos multifacetados a serem explorados para que a editora possa sentir o que agrada aos leitores de hoje, mais exigentes e conectados do que a geração pré-crise. Vamos torcer para que sejamos brindados com novos clássicos das HQs e novas Lendas. Abraços!
ResponderExcluirPenso assim também. Aliás, o "laboratório" feito em Convergence renderá alguns frutos como as minisséries com os Titãs e Superman. Também acredito que o retorno do Len Wein no Monstro do Pântano também deve-se à boa receptividade do seu tie-in em Convergence. Um universo coeso tem seus lados positivos, sem dúvida, mas também compromete um bom andamento, como aconteceu nos títulos do Asa Noturna e da Batgirl nos Novos 52, por conta das sagas do Batman do Snyder.
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