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US News Marvel: All-New Wolverine – Roteirista fala sobre a nova série com a Wolverine Laura Kinney

Em entrevista, o escritor Tom Taylor conversou sobre o apelo da sua protagonista Laura Kinney, a receita para a melhor história do Wolverine, e os vilões que ela irá enfrentar em seu novo papel.


O programa Arma X é uma das organizações mais obscuras e sinistras do Universo da Marvel, transformando o mutante, agora morto, Wolverine numa arma, treinando seu corpo e fundindo seu esqueleto com adamantium. Quando ele fugiu e se tornou um super-herói fantasiado, Arma X buscou outras formas de recriar seu experimento. Uma opção era a clonagem, o que resultou no nascimento de Laura Kinney, conhecida como X-23, um clone feminino de Wolverine que possui vários de seus poderes e garras de adamantium nas suas mãos e pés, criada num ambiente terrível e brutal onde ela foi treinada para se tornar uma assassina quando ainda era bem nova.

Laura consegue fugir e acaba encontrando seu “pai” biológico. Ele a ajudou a enfrentar alguns de seus traumas emocionais pelos quais ela passou ao lhe oferecer algumas das mesmas oportunidades que ele teve para se tornar algo maior e melhor; um herói e membro de um grupo como os X-Men e da Academia de Vingadores. Isso fez com que Laura construísse relacionamentos e laços com outros mutantes e heróis, mas Wolverine ainda era essencial no seu desenvolvimento como heroína e como pessoa. Quando ele morreu em “Morte do Wolverine”, Laura começou a questionar seu lugar no seu legado.

Em outubro, Laura será a protagonista de “All-New Wolverine”, série desenvolvida pelo escritor Tom Taylor e o artista David Lopez, lançado como parte da inciativa “All-New, All-Different Marvel”. A série começa oito meses depois da última vez em que a vimos e Laura já assumiu a identidade de seu “pai” e sua incansável busca pela justiça dos explorados e desamparados.

CBR News: Recentemente X-23 tem sido uma parte fascinante de livros como “All-New X-Men”, “Wolverines” e “Avengers Arena”, mas parece que quando ela tem a chance de brilhar na sua própria mini-serie, “X-23″ da escritora Marjorie Liu e o one-shot de “Death of Wolverine”, os criadores se inspiram em contar histórias poderosas e comoventes. Por que você acha que isso acontece? O que te atraiu a personagem?

Tom Taylor: Laura passou por muita coisa e eu acho que ela não saiu dessa sem nenhuma marca, nas verdade eu acho que ela saiu muito marcada. No entanto, ela tem uma persistência feroz, que tomou conta de todas as coisas com as quais ela teve que lidar.
Acho que tem algo muito atraente quanto ao seu personagem e como uma pessoa. Como você disse, ela teve grandes histórias no passado. Essas histórias de origem das quais você falou eram cativantes. Quando ela era nova foi criada nesse ambiente horrível e passou por tanta brutalidade. Ela foi obrigada a causar muita dor e sofrimento no mundo contra sua vontade, então ela tem muito a compensar.
Eu acho que assim que qualquer criador coloca suas mãos na Laura, eles querem o melhor para ela. Querem que ela encontra a redenção, e entendem porque ela luta tanto.
Estou muito honrado em ter a oportunidade de escrever o próximo estagio de sua luta.



Quando nos encontramos com a Laura em “All-New Wolverine” #1 oito meses se passaram. O que você pode nos dizer sobre onde está sua cabeça quando a série começa? Vamos ver os eventos que fizeram com que ela assumisse o manto de seu “pai” biológico?

Eventualemnte sim, mas sinceramente vamos jogar os leitores direto na ação na edição #1. Não vamos ter tempo de realmente falar sobre ou examinar o que está passando pela cabeça dela. Ela está muito, muito envolvida e no final da primeira edição não posso nem garantir que ela ainda tenha uma cabeça. (Risos)

(Risos) Justo! Séries anteriores de Wolverine conseguiram contar diferentes tipos de história por causa dos diversos papéis que o protagonista tinha no Universo Marvel, tanto no presente quanto explorando seu passado. O que você pode nos dizer sobre o papel inicial de Laura em “All-New Wolverine” #1?

Não quero revelar demais, mas quando a vemos pela primeira vez ela vai estar presa entre duas facções que querem se destruir. Ela vai estar fazendo o papel de apaziguadora e vai estar tentando impedir que um destrua o outro. Então, ela pode ser o melhor que existe naquilo que ela faz — mas ela realmente não quer fazer isso agora. (Risos)
Ela está tentando manter muitas pessoas vivas e exista algo com o qual ela está muito, muito brava. Eu acho que as melhores histórias de Wolverine são as em que são Wolverine contra o mundo; sem muito apoio ou equipes de pessoas. É isso que estamos fazendo com a Laura desde o começo também.
A série encontrar a X-23 tentando viver de acordo com os exemplos heróicos de seu “pai” biológico. Esse vai ser um livro solo, haverá alguns rostos familiares, algum apoio, mas queremos muito estabelecer que ela é o “All-New Wolverine” e que ela não precisa da ajuda de outros X-Men nessa fase.

Então inicialmente isso é um livro de super-heroi no estilo da mini-serie original “Wolverine” ou “Inimigo do Estado” de Mark Millar e John Romita Jr.?

Sim! Estamos nos concentrando na ação. Não há muitos lugares para parar e respirar na primeira edição. Laura corta pelas páginas como adamantium corta manteiga.

Você mencionou inicialmente que “All-New Wolverine” será sobre a Laura sozinha, mas gostaria de ver ela eventualmente cruzar caminhos com personagens como o filho de Wolverine, Daken ou Old Man Longan nessa série?

Não quero falar sobre esses personagens ainda. Eu acho que que haverá pessoas querendo que esses personagens se conheçam e se unam, mas queremos contar a nossa história primeiro, e queremos estabelecer Laura como Wolverine.

Como está a galeria de vilões da Laura? Você está buscando refinar ou expandir ela?

Sim, acho que estamos. Conversamos muito sobre seu passado, mas há uma verdadeira vontade de muitas pessoas de não focar no seu passado nessa série e sim no futuro. Algumas pessoas perguntaram se vamos ver a galeria de vilões do Logan ou se seus inimigos se tornarão os de Laura. Para essas pessoas eu diria que ela é mais do que capaz de enfurecer por si só pessoas poderosas e trazer muito perigo para sua vida da sua própria maneira.
Ela é cabeça dura, violenta e muito justa. Então vamos ver ela começar a ter seu próprio grupo de pessoas irritadas com ela.

Laura e seus antagonistas ganharão vida com um artista que acabou de desenhar para outra protagonista durona, David Lopez que trabalhou em “Capitã Marvel”. Ele parece ser uma ótima escolha para essa série.

David traz tudo para esse livro. Ele tem habilidade para tudo. Ele pode fazer ação de uma maneira fantástica e ele tem uma energia incrível, que eu amo.
Não sei se você sabe disso, mas eu era um malabarista profissional e comedor de fogo por muitos anos e eu cresci no palco. Cresci em musicais e teatros. Então eu gosto que meus personagens saibam atuar, e uma das coisas que o David faz tão bem é que seus personagens sabem atuar. Eles sempre tem um timing cômico fantástico e expressões bonitas. David simplesmente dá vida a esses personagens.

Para finalizar, que tipos de história você e o David estão interessados em contra em “All-New Wolverine”? Parece que você tem uma protagonista que se encaixa em quase todo tipo de história.

Sim, a Laura pode ir em vários caminhos. Se você leu suas histórias de origem, você sabe que ela consegue ser mais desagradável e corajosa que quase qualquer um, mas queremos que ela seja mais super-heroi que super-triste.
Vamos tentar contar historias um pouco mais lever do que as historias mais dolorosas e angustiantes de Logan, mas ao mesmo tempo será Wolverine bravo com algo e querendo salvar pessoas. Haverá vezes em que Laura vai se sentir como se estivesse sendo manipulada, ou que alguém esta atras dela, ou estão machucando pessoas que não deveriam estar machucando. E ela vai tentar salvar um monte de gente e redefinindo as escalas da justiça.
Eu mencionei que a Laura vai tentar não matar pessoas, mas eu acho que “Wolverine” acaba furando um bocado. E Laura vai achar que existem pessoas que talvez não mereçam morrer, e sim alguns furinhos. (Risos)

Então definitivamente haverá um sentimento de indignação?

Com certeza. Acho que considerando de onde a Laura vem, e a dor pela qual ela passou, ela não quer que mais ninguém passe pelo o que ela passou. Então ela tem uma verdadeira razão de lutar por todos.
A razão que ela tem para lutar no nosso primeiro arco é tão pessoal quanto é distorcido.


Fonte: Legião dos Heróis

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