Veja a análise do
Planeta sobre Os Heróis Mais Poderosos da Marvel – Capitão Marvel, lançado pela
Salvat.
Aprisionado na Zona Negativa, o Capitão Marvel é libertado
do desolador plano dimensional pelo Vingador adolescente Rick Jones. Sem
nenhuma alternativa além de deixar seu jovem aliado abandonado no vazio, o
heróis volta à Terra para salvar o dia! Heróis nascem e adversários retornam em
mais uma seleção de narrativa clássica de quadrinhos, cortesia de um mix
eclético de talentos da Marvel. Este volume reúne as edições Captain Marvel Vol.1 17-23 & Marvel
Spotlight on Captain Marvel 1-2.
Análise:
As edições #17-21
foram escritas por Roy Thomas e desenhadas por Gil Kane, e é onde residem os
grandes momentos desse encadernado. Rick Jones havia atuado como parceiro do
Capitão América, mas devido a um plano do Caveira Vermelha, Rick foi abandonado
e sua autoestima estava muito baixa, mas o inseguro adolescente viu uma
oportunidade de se tornar um herói ao trocar de lugar com o Capitão Marvel.
Além dessa fase de
adaptação, o herói kree enfrentou e venceu seu arqui-inimigo Yon-Rogg vingando
a morte de sua amada Uma. Num confronto decisivo onde o vilão queria liberar
uma terrível arma kree para destruir a humanidade, Mar-vell escolheu salvar a
vida de Carol Danvers – que era refém de Yon-Rogg – e deixou seu inimigo
morrer.
Rick conhece Cornelius
Webb, dono do edifício Minos que planejou prender todos os inquilinos de seu
prédio e fazer experiências insanas com os moradores, incluindo o guerreiro
kree. Webb queria submeter os moradores a uma experiência aterradora prendendo
todos eles como se fossem ratos de laboratório. Um verdadeiro conto de terror
claustrofóbico, uma das melhores histórias desse volume. Depois disso, Rick
recorre à Bruce Banner para tentar ajudá-los a viverem separados e fora da Zona
Negativa, ao invés de apenas trocarem de lugar, mas em vão.
As edições #22 e 23
foram escritas por Gerry Conway e Marv Wolfman e desenhadas por Wayne Boring.
Apesar de serem dois roteiristas conceituados em suas épocas, o nível caiu
bastante. As histórias dão um salto no tempo e começa logo após a Guerra
Kree-Skrull, onde o Capitão Marvel enfrenta um novo vilão – Megaton, o Homem
Nuclear, mas a história é bem fraca em minha opinião.
Quando passou a trocar
de átomos com Rick Jones, as histórias do Capitão Marvel ficaram muito
interessantes, afinal sempre um deles precisavam se sacrificar vagando na Zona
Negativa enquanto o outro estava na Terra, além do fato de Mar-vell só poder
permanecer por aqui por três horas consecutivas. Outro ponto forte é a maneira
como o personagem de Rick Jones é desenvolvido – um adolescente que sempre fez
parte de alguma forma, da vida de grandes heróis como o Hulk, Capitão América e
os Vingadores, mas nunca conseguiu se afirmar como um personagem heroico, e a
aparição do Capitão Marvel seria uma chance para o rapaz provar seu valor.
As histórias mantém o
tom clássico das histórias mais antigas com narrativas mais simples, mas os
temas abordados são interessantes, e os desenhos de Gil Kane combinaram
principalmente mostrando a interação entre Mar-vell e Rick Jones. Um
encadernado que pode dividir opiniões, eu mesmo gostei das edições escritas por
Roy Thomas, mas achei as outras bem fracas.
Por Roger
2 Comentários
Me recordo dessa fase como sendo a que melhor usou o personagem Rick Jones na Marvel, eu sempre o vi como o estepe de parceiro para histórias de heróis depois do seu afastamento de Bruce Banner e quando o Hulk começou a vagar solitário. A relação de dependência entre ele e Mar-Vell teve seu auge justamente nas histórias dessa edição, acho mais recomendado para saudosistas dessa época porque possuem características no argumento que são datadas, espelhando a onda de juventude rebelde daqueles tempos.
ResponderExcluirRealmente Giulianno, concordo que o Rick Jones foi tratado de forma digna justamente quando decidiram colocá-lo na vida de Mar-vell. Só me decepcionei um pouco com as histórias escritas pelo Gerry Conway e pelo Marv Wolfman, principalmente sendo dois nomes clássicos e de peso. Inclusive, agora me passou pela cabeça que o Conway criou o Nuclear depois disso...
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