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US News DC: Walker e Reis exploram o homem dentro do Cyborg

Depois de revitalizar o Aquaman em 2011, os brasileiros Ivan Reis e Joe Prado embarcam em mais uma tarefa desafiadora: tornar o Cyborg uma revista mensal de sucesso entre as publicações da DC Comics. O escritor novato David Walker (Shaft, Doc Savage Special) será responsável pelas novas histórias do personagem. A revista Cyborg estreia em julho nos Estados Unidos e sua premissa básica é explorar o homem dentro da máquina.

Capa de Cyborg #1 (Ivan Reis e Joe Prado)

Em entrevista exclusiva ao Comic Book Resources, Walker contou que aceitou o convite da DC para trabalhar com o Cyborg pela oportunidade de poder explorar Vic Stone, o lado humano do herói. O autor contou que o Cyborg é um grande personagem e que nunca foi desenvolvido da forma que merecia, sendo um fã dele desde os primeiros anos dos Novos Titãs de Marv Wolfman e George Pérez. Portanto, seu objetivo ao aceitar o convite da DC para escrever esta revista é mostrar quem é Vic Stone e como ele se reconcilia ao entender que é um ser humano dentro de um corpo mecânico.

Walker está muito feliz com o trabalho artístico de Reis e Prado. O escritor comentou que ambos amam o personagem e gostaram muito da sinopse que ele bolou para a revista. O escritor ainda brincou que ao saber que a dupla de artistas estariam ao seu lado, ele se sentiu mais confortável por notar que seu roteiro nem poderia ser grande coisa, já que a qualidade da arte carregaria a revista. “Mas, falando sério, se minhas aspirações não forem escrever as melhores histórias do Cyborg que os fãs já viram, estão perdendo o tempo deles e da DC“, explicou.

O CBR ainda conversou com Walker sobre suas críticas às tentativas erradas da indústria de quadrinhos em tentar diversificar seus personagens. O autor disse:
“Eu argumento que a diversidade deve existir em duas frentes: criadores e conteúdo criado. Isso não significa que uma mulher seja obrigada a escrever a Mulher-Maravilha ou a Estelar. Peguem grandes criadores e ofereçam oportunidades a eles. A filha do meu primo tem 12 anos, se quiser entrar no meio dos quadrinhos, deveria entrar no meio dos quadrinhos. Ela não deveria pensar que um dia vai escrever a Supergirl por achar que é tudo que pode fazer. Ela tem que pensar que é capaz de escrever o Superman.
O Cyborg é um personagem importante para a DC e para os super-heróis em geral. Ele faz parte da minoria, mas é o herói de si mesmo. Ele não é derivado de algum outro personagem mais famoso. Ele é só um cara. Do ponto de vista de arquétipos, ele é alguém tocado pelos deuses, mas ele não queria receber este toque. O Batman fez esta escolha, assim como o Superman, mas para o Cyborg foi tudo muito diferente. Estamos falando de um rapaz de 18, 19 anos. Ele poderia muito bem ter se tornado um vilão e eu quero explorar tudo isso nas histórias”.


Fonte: Terra Zero

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7 Comentários

  1. Cara concordo plenamente com tudo que ele disse,não só acho que ele tem uma boa visão do Ciborgue como dos quadrinhos em geral.
    Ps:Eu gosto do Ciborgue e espero que a revista seja boa e venda muito MAS espero que a do Caçador seja melhor e venda o dobro,só para a Dc se tocar.

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    1. Inclusive ouvi falar que a DC colocou autores que se identificam (de alguma forma) com o personagem. Por exemplo, o autor do Meia-Noite é homossexual, o próprio Walker é negro e já escreveu o Shaft, que é um policial negro, etc.
      Não sei até que ponto isso influencia para melhor, mas a DC acha que funciona. Eu particularmente não tenho nada contra e nem a favor, só espero histórias boas.
      Torcida pro Caçador de Marte é forte!

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  2. Acho que só por essa capa, já merece ser lida. Ciborgue evoluiu muito desde Novos 52, passou de um adolescente "teen" há alguém que realmente te representa ameaça, fazendo o Homem de Ferro parecer fichinha (em termos de poderes e recursos, apesar do Stark ser um dos caras mais inteligentes dos quadrinhos).

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    1. A capa ficou boa mesmo.
      Vamos falar serio,se não tivesse nenhuma evolução seria uma merda,afinal ele tirou o maior herói de todos(Caçador de Marte) da Liga da Justiça.
      Quero dizer,como ele passou a fazer parte de um time maior de super heróis e a Dc tinha que provar que a ideia da troca de membros foi uma ideia boa(o que não foi).
      Ps:Foi mal,mas é que eu odeio o Ciborgue na Liga,não consegui me conter.

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    2. Achei que a participação do Ciborgue nos Novs 52 foi fundamental para ter alguém no lugar da Oráculo. Não que seja exatamente a mesma coisa, mas o Ciborgue ajuda bastante no quesito "informação e comunicação" para a Liga da Justiça.
      Não estou de forma alguma desmerecendo o papel do Victor Stone na época dos Novos Titãs do Wolfman/Pérez. Para aquela época foi simplesmente perfeito a forma como ele foi apresentado e usado, mas para esse novo universo, souberam trabalhar bem o potencial do garoto.

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    3. ANT, está aí registrado a sua opinião. Acho que essa grande variedade de gostos é que nos fazem melhorar, afinal, eu tenho visto pontos de vista que nunca tinha pensado antes, isso é muito enriquecedor.

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    4. Eu gargalhei aqui quando o sr disse isso, eu não sou um grande conhecedor da Liga, tem muita coisa para ler, como a fase do Waid ou Morrison que falam tanto e até meu ex-parceiro postou no blog, por isso fico um tanto apático em relação ao Caçador ou ao Ciborgue. Embora eu tenha grande interesse em ler a Liga do qual o Caçador faz parte, deve dar 10 a 0 na Liga que o Johns faz, que ao meu ver lembra mais Os Vingadores na primeira história (piadinhas e porradaria sem sentido) do que a própria Liga que conheci pelo desenho animado (inclusive até minha mulher, 4 anos mais velha que eu, é uma fã desse desenho bem mais do que eu).

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