Li Surpreendentes X-Men #1-6, com
roteiro de Joss Whedon e desenhos de John Cassaday.
A Escola para Jovens Superdotados está de volta com um novo corpo
docente administrativo formado por Ciclope, Emma Frost, Fera, Kitty Pryde e
Wolverine. Além de cuidar e treinar jovens mutantes, Scott está determinado a
transformar os X-Men em heróis a começar com o uso de uniformes mais
“heroicos”, ou coloridos. Enquanto isso, a Dra. Kavita Rao anuncia a cura para
o gene mutante. Durante uma festa beneficente, Ord do planeta Grimamundo
liderando um grupo de mercenários invade o local e faz reféns. O verdadeiro
objetivo era atrair os X-Men, e é isso o que acontece. Embora seja bem mais
poderoso, os X-Men conseguem derrotar Ord e este foge.
O Fera vai até os laboratórios da Dra. Rao
na Benetech para saber do que se trata esse soro para a tal “cura mutante” e
recebe uma amostra para pesquisar, além de mostrar uma certa indecisão quanto a
ele mesmo receber a cura ou não. Ord está fornecendo tecnologia e matéria-prima
para a Benetech, mas ainda não sabemos o motivo. A partir da amostra do soro
que ganhou, Hank descobre que a Benetech está usando um cadáver mutante como
cobaia e vão até lá para investigar. Nessa hora, Kitty descobre que Colossus –
dado como morto durante a crise com o Vírus Legado – está vivo. Peter explica
que foi ressuscitado pelo Ord para servir de cobaia para seus experimentos. Ord
também invade a Benetech e confronta com os X-Men, agora tendo a adição de
Colossus na luta.
A
SHIELD também aparece para acabar com a confusão e sabemos que Ord veio à Terra
porque, segundo ele, um mutante irá, no futuro, destruir o Grimamundo, por isso
ele pede a ajuda da ESPADA e da Dra. Rao para criar um soro que elimina o gene
mutante de uma vez por todas. Ord tenta escapar com uma jovem mutante para seus
experimentos, mas é detido pelo Wolverine. Então é levado sob custódia pela
SHIELD. Quando parece que o assunto está encerrado, Emma Frost tem um segredo
sombrio que pode colocar em risco o bem-estar dos X-Men, ou será que não?
A
estreia de Joss Whedon num título dos X-Men foi simplesmente fenomenal.
Diálogos afiados, bons momentos de humor, grandes lutas, e uma trama bem
elaborada. A “cura mutante” gerou bastante controvérsia e foi bem desenvolvido,
mas ao mesmo tempo, o relacionamento entre os cinco x-men foi bem explorado.
Whedon deu atenção em especial à Emma Frost e Kitty Pryde, que rendeu momentos
incríveis.
Ele
também fez muitas homenagens à fase clássica de Chris Claremont e John Byrne –
a volta dos uniformes coloridos, o relacionamento direto e sem rodeios entre os
integrantes do grupo, um adversário alienígena, Colossus fazendo o lançamento
especial do Wolverine, entre outras coisas. Logo no início do arco Whedon já
deixou claro sua intenção de trazer os elementos clássicos dos X-Men de volta,
mostrando o retorno de Kitty Pryde à mansão – era como se a volta de Kitty
representasse uma volta aos bons tempos de Claremont/Byrne.
Leitura
altamente recomendada!
Por Roger
6 Comentários
Não cheguei a ler muita coisa do Claremont, li um arco dele bem conhecido chamado "Deus Ama, o Homem Mata", mas confesso não ter ficado tão impressionado. O mesmo eu digo desses X-Men do Whedon pelo menos as 12 edições que eu li, terminando no arco da "Sala de Perigo". Ambos eu li pelos dois encadernados da Salvat. É um tanto divertido, os desenhos do Cassaday tem o maior mérito para mim, porém uma coisa que tira um tanto do encanto é o uso de saídas fáceis, bem como humor pastelão com os vilões, tal qual nos filmes do Vingadores.
ResponderExcluirAcho que é o estilo Whedon de escrever mesmo. Mas o que eu gostei foi a forma como ele faz os personagens se relacionarem, que me lembrou muito o jeito do Claremont, nas mensais. Um grande mérito do Claremont, para mim, foi o fato dele ir criando várias subtramas durante as histórias, mas sempre retomava, não deixando nada para trás, pelo menos, até onde me lembro.
ExcluirEsse estilo de retorno das subtramas foi muito usado pelo Bendis em Ultimate Spiderman. É um dos melhores estilos, dá um tom de continuidade e unificação muito bom ao que se lê.
ExcluirBem lembrado. Atualmente estou na edição #85 do Ultimate Spider-Man que é quando ele começa a namorar a Kitty Pryde.
ExcluirCaramba, chega bateu uma nostalgia gigante aqui. Ultimate Spiderman foi o espelho principal da minha adolescência.
ExcluirPara mim, foi uma fase em que eu estava recomeçando a ler HQs. Achei interessante o conceito de uma versão "moderna" e "zerada". Eu lia pela Marvel Millennium da Panini.
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