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Planeta Leu Marvel: Surpreendentes X-Men #1-6: Superdotados (2004)

Li Surpreendentes X-Men #1-6, com roteiro de Joss Whedon e desenhos de John Cassaday.




A Escola para Jovens Superdotados está de volta com um novo corpo docente administrativo formado por Ciclope, Emma Frost, Fera, Kitty Pryde e Wolverine. Além de cuidar e treinar jovens mutantes, Scott está determinado a transformar os X-Men em heróis a começar com o uso de uniformes mais “heroicos”, ou coloridos. Enquanto isso, a Dra. Kavita Rao anuncia a cura para o gene mutante. Durante uma festa beneficente, Ord do planeta Grimamundo liderando um grupo de mercenários invade o local e faz reféns. O verdadeiro objetivo era atrair os X-Men, e é isso o que acontece. Embora seja bem mais poderoso, os X-Men conseguem derrotar Ord e este foge. 

O Fera vai até os laboratórios da Dra. Rao na Benetech para saber do que se trata esse soro para a tal “cura mutante” e recebe uma amostra para pesquisar, além de mostrar uma certa indecisão quanto a ele mesmo receber a cura ou não. Ord está fornecendo tecnologia e matéria-prima para a Benetech, mas ainda não sabemos o motivo. A partir da amostra do soro que ganhou, Hank descobre que a Benetech está usando um cadáver mutante como cobaia e vão até lá para investigar. Nessa hora, Kitty descobre que Colossus – dado como morto durante a crise com o Vírus Legado – está vivo. Peter explica que foi ressuscitado pelo Ord para servir de cobaia para seus experimentos. Ord também invade a Benetech e confronta com os X-Men, agora tendo a adição de Colossus na luta.

A SHIELD também aparece para acabar com a confusão e sabemos que Ord veio à Terra porque, segundo ele, um mutante irá, no futuro, destruir o Grimamundo, por isso ele pede a ajuda da ESPADA e da Dra. Rao para criar um soro que elimina o gene mutante de uma vez por todas. Ord tenta escapar com uma jovem mutante para seus experimentos, mas é detido pelo Wolverine. Então é levado sob custódia pela SHIELD. Quando parece que o assunto está encerrado, Emma Frost tem um segredo sombrio que pode colocar em risco o bem-estar dos X-Men, ou será que não?

A estreia de Joss Whedon num título dos X-Men foi simplesmente fenomenal. Diálogos afiados, bons momentos de humor, grandes lutas, e uma trama bem elaborada. A “cura mutante” gerou bastante controvérsia e foi bem desenvolvido, mas ao mesmo tempo, o relacionamento entre os cinco x-men foi bem explorado. Whedon deu atenção em especial à Emma Frost e Kitty Pryde, que rendeu momentos incríveis.

Ele também fez muitas homenagens à fase clássica de Chris Claremont e John Byrne – a volta dos uniformes coloridos, o relacionamento direto e sem rodeios entre os integrantes do grupo, um adversário alienígena, Colossus fazendo o lançamento especial do Wolverine, entre outras coisas. Logo no início do arco Whedon já deixou claro sua intenção de trazer os elementos clássicos dos X-Men de volta, mostrando o retorno de Kitty Pryde à mansão – era como se a volta de Kitty representasse uma volta aos bons tempos de Claremont/Byrne.
Leitura altamente recomendada!


Por Roger

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6 Comentários

  1. Não cheguei a ler muita coisa do Claremont, li um arco dele bem conhecido chamado "Deus Ama, o Homem Mata", mas confesso não ter ficado tão impressionado. O mesmo eu digo desses X-Men do Whedon pelo menos as 12 edições que eu li, terminando no arco da "Sala de Perigo". Ambos eu li pelos dois encadernados da Salvat. É um tanto divertido, os desenhos do Cassaday tem o maior mérito para mim, porém uma coisa que tira um tanto do encanto é o uso de saídas fáceis, bem como humor pastelão com os vilões, tal qual nos filmes do Vingadores.

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    1. Acho que é o estilo Whedon de escrever mesmo. Mas o que eu gostei foi a forma como ele faz os personagens se relacionarem, que me lembrou muito o jeito do Claremont, nas mensais. Um grande mérito do Claremont, para mim, foi o fato dele ir criando várias subtramas durante as histórias, mas sempre retomava, não deixando nada para trás, pelo menos, até onde me lembro.

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    2. Esse estilo de retorno das subtramas foi muito usado pelo Bendis em Ultimate Spiderman. É um dos melhores estilos, dá um tom de continuidade e unificação muito bom ao que se lê.

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    3. Bem lembrado. Atualmente estou na edição #85 do Ultimate Spider-Man que é quando ele começa a namorar a Kitty Pryde.

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    4. Caramba, chega bateu uma nostalgia gigante aqui. Ultimate Spiderman foi o espelho principal da minha adolescência.

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    5. Para mim, foi uma fase em que eu estava recomeçando a ler HQs. Achei interessante o conceito de uma versão "moderna" e "zerada". Eu lia pela Marvel Millennium da Panini.

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