Logo criado por Jorge Luís

Planeta Leu Marvel: Homem-Aranha #30-35: Volta ao Lar (2001)

Li Homem-Aranha #30-35, com roteiro de J. M. Straczynski e desenhos de John Romita Jr.



Straczynski começa sua excelente fase no Homem-Aranha com Peter e Mary Jane separados. Ela está em Los Angeles investindo em sua carreira artística e ele vai trabalhar como professor em seu antigo colégio, o Midtown. Ao tentar ajudar seus alunos dentro e fora da classe, Peter conhece o misterioso e bem-sucedido Ezekiel Sims que conhece sua identidade secreta e aparentemente possui seus mesmos poderes aracnídeos. Sua repentina aparição tem como objetivo salvar a vida de Peter das mãos do imortal Morlun, que absorve a essência da aranha do corpo de todos que possuem essas habilidades, incluindo Parker.

JMS sai da zona de conforto e faz a seguinte proposta que dá o que pensar: “Foi a radiação que possibilitou que a aranha desse poderes à Peter ou a aranha tentou transmitir seus poderes antes que a radiação em si a matasse? O que veio primeiro: a radiação ou o poder?”. Essa indagação terá repercussões futuras e faz com que a leitura das histórias do Homem-Aranha daqui pra frente se torne muito mais rica, quando levamos em conta essa pergunta. A criação de Morlun para essa trama só enriquece ainda mais a mitologia do Aranha. Um ser que precisa caçar e sugar a energia vital de pessoas com poderes de animais, como se fosse uma espécie de vampiro, poderoso e inabalável que testa a força de vontade do herói aracnídeo além de seus limites. A cada confronto entre eles, fica claro porque o Homem-Aranha é um herói tão querido, e precisa receber o devido respeito. Uma obra prima na longa história de altos e baixos da versão 616 do Homem-Aranha. Leitura imperdível.


Por Roger

Postar um comentário

2 Comentários

  1. JMS é extremamente criativo, seu Aranha sai da zona de conforto em só fazer o Aranha tirar umas fotos e lutar contra o vilão da semana enquanto enrola sua tia. Ele já começa com a seguinte pergunta implicita: "Mas espera ai pessoa, o Aranha não é um personagem realista e pé no chão? Ele nunca vai crescer? Esse cara precisa arranjar outro emprego, um homem como ele luta pelas pessoas com e sem a máscara", logo assim, o fazendo um ótimo professor, o que fez todo o sentido para mim, tornou até mais humano, se me permite. A "origem totêmica" foi um alvo gigante de críticas, como se o ponto de interrogação que ele colocou fosse a maior deturpação do mundo. Mas é assim mesmo, o que importa, é que ambos gostamos, além de ter durado um bom período, algo que nos sempre vamos poder retomar -- as vezes, em encadernados -- para nos amparar frente a esse quase mangá que o Slott transformou o Parker.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não sabia que a questão dos totens também tinha gerado polêmica. Para mim foi a grande sacada das últimas décadas nas histórias do Aranha (eu perdi a saga do Clone, por isso não posso opinar, mas no geral, a trama do JMS foi uma ideia fabulosa!). E a tensão de ver o Aranha contra um inimigo que simplesmente não tinha como ser detido, como o Morlun. E ainda assim, ele sempre dizia que não era pessoal, mas apenas uma questão de pura e simples sobrevivência. Toda vez que releio, fico tenso ao ler essa perseguição. JMS, está de parabéns e ainda bem que você também conseguiu encontrar pontos positivos que o fazem apreciar essa obra. Panini, Marvel DeLuxe dessa fase, por favor!!

      Excluir