Na primeira parte sobre
o Comando Selvagem, conhecemos detalhes a respeito do Nick Fury original. Agora
veremos um pouco mais sobre o motivo do nome desse pelotão fazer tanto sentido
(e olhem que fazer sentido nas histórias deles era algo levado muito ao
limite).
Apesar de cada um dos integrantes
trazer características que pareciam distintas, quando entravam em ação suas
personalidades foram pouco exploradas. Todos pareciam soldados coadjuvantes,
entre tantos outros que atuavam em meio a Guerra. Os únicos destaques eram Nick
Fury, por óbvio motivo de ser o líder e estar sempre em evidência, e Dum-Dum,
que interagia mais com o líder, servindo como alívio cômico e descontraído da
série.
Para o leitor mais desavisado, a
impressão que se dava é que eles nem mesmo tinham um objetivo. Eram jogados no
meio de uma Guerra e procuravam fazer o maior número de vítimas e estragos
possíveis. Chegava a ser surreal. Eram apenas sete soldados contra praticamente
todo o exército alemão na Segunda Guerra, mas agiam como se estivessem
possuídos, numa sede de destruição tamanha que fazia a desvantagem numérica inverter
e deixar todos os nazistas em apuros.
O espírito
desenfreado de guerra que acompanhava o Comando fica bem exemplificado em uma
cena em que Dum-Dum ,
sozinho, enfrenta um batalhão de nazistas apenas munido de uma metralhadora.
Atirando sem parar ele diz seguir a seguinte estratégia: atirar até quando as
balas acabarem. E quando as balas acabarem, atirar as próprias armas. E quando
as armas acabarem, atirar qualquer coisa que tenha a mão. E quando qualquer
coisa que se possa atirar acabar… atirar-se contra os inimigos.
Literalmente, o enfezado Dum-Dum
segue o que prega e os nazistas ficam embasbacados com a insanidade do inimigo.
Era mais que um elemento surpresa, era um elemento de absurdo, insano e
selvagem.
Stan Lee
tinha um estilo bem-humorado para escrever as histórias da época, conduzindo
bem a narrativa a ponto de fazer o leitor esquecer os absurdos da situação. O
grande lance dessas aventuras era imaginar a forma criativa que os personagens
agiriam para escapar das ameaças e problemas que encontravam em seu percurso.
Numa dessas
absurdas investidas, o Comando Selvagem tenciona entrar em um campo de
concentração para libertar, de dentro pra fora, todos os condenados que ali
estão. A missão por si só já é pra lá de suicida. Mas nada se compara aos meios
utilizados para chegar a seu fim. Com os uniformes estropiados, o grupo se passa
por fugitivos dos tais campos e cercam um soldado alemão, alegando que querem
voltar, pois sabem que não terão chance contra o exército alemão fora das
cercas.
A cena com sete truculentos soldados cercando um único e franzino
(intencionalmente desenhado assim, para aumentar ainda mais o teor cômico do
momento), forçadamente rastejando aos pés dele, é hilária.
Fonte: Impulso HQ
4 Comentários
velhos tempos e estranha táticas de guerra!! talvez até o Recruta Zero entrasse pro time de combatentes do Fury!!! acho que o Fury sente bastante falta do tempo que tinha os dois "Zóios" e e destruia os inimigos nas trincheiras de modo selvagem e hilário!!Marcos Punch.
ResponderExcluirSim, bons tempos mesmo.
ExcluirVocê já viu o que aconteceu com o Nick Fury (o original)?
não vi não!! nem o original e nem sei do "Fury mais novo" dos quadrinhos atuais !!Marcos Punch.
ResponderExcluirSe der, dá uma olhada na saga Original Sin (Pecado Original). Lá mostra tudo que o Nick Fury vem fazendo no universo Marvel, e seu destino final.
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