Li
Homem-Aranha #57-502, com roteiro de
J. M. Straczynski e desenhos de John Romita Jr.
Essa resenha já foi feita na coluna Análise
do Planeta Marvel sobre o encadernado de capa vermelha da Salvat. Veja ou
reveja o artigo abaixo:
Esse
arco começa dois dias antes do aniversário de Peter Parker. Ele continua
lecionando em sua antiga escola, está casado com Mary Jane, a Tia May conhece
sua identidade secreta e ele continua a combater o mal e defender as pessoas de
sua amada Nova York.
Até
que, à noite, ele vai prestar ajuda a outros heróis e acaba se envolvendo numa
batalha entre o Dr. Estranho e Dormammu. Uma das consequências dessa batalha é
que os dois heróis ficam presos num fluxo cronológico temporal, onde o Aranha
se vê numa situação em que ele poderia escolher mudar seu passado, e assim,
alterar seu futuro, que aparentemente será bem sombrio. Para voltar ao
presente, o Homem-Aranha tem que reviver grandes confrontos e situações em sua
vida que sempre exigiram muito dele, e ele acaba enfrentando um dilema que, no
fim das contas, é seu verdadeiro presente de aniversário.
Não
é a primeira vez que Peter Parker vive questões de ordem existencial,
principalmente quando se trata da morte do Tio Ben, mas Straczynski o mostra de
modo bem sensível, sem ser melodramático demais, e ainda com uma dose certa de
humor que é característico do aracnídeo, provando que é um autor que conhece o
personagem.
John
Romita Jr. é um artista sem meio termo, amado por alguns, odiado por outros,
mas a verdade é que nesse arco, ele desenhou uma página dupla com o Aranha
enfrentando todos os seus principais (e até secundários) adversários – um belo
trabalho na edição 500.
Há
duas histórias intermediárias nas edições 501 e 502. A primeira é um conto
sublime e sensível narrada pela Tia May, onde ela passa suas tardes em
companhias agradáveis falando de suas preocupações com Peter combatendo o
crime, até a emocionante cena final da edição. A segunda, conta a história de
Leo Zelinski, alfaiate oficial de vários heróis e vilões, o que é a parte
cômica da história. Ele pede a ajuda do Homem-Aranha para impedir um de seus
clientes vilões de cometer assassinato, e ainda tentar manter o anonimato.
Essa é a parte tocante onde um cidadão comum tenta fazer o que é certo.
Por Roger
2 Comentários
Sem dúvida, uma das minhas histórias preferidas do Aranha, época em que o personagem merecia ser lido e era inquestionavelmente o mais inspirador de todos os quadrinhos que eu lia. Posso dizer que dos meus 11 aos 16, o Aranha foi meu principal espelho de como lutar na vida.
ResponderExcluirE sobre "lutar na vida" relacionado à essência do Homem-Aranha, o JMS soube trabalhar esse aspecto de modo magistral. A Panini podia pensar em encadernados DeLuxe dessa fase.
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