O Planeta vai opinar sobre alguns
outros títulos dos Novos 52 que foram lançados no decorrer dos anos. É a Parte 5!
Tudo mudou na Terra-2 nos Novos 52.
Esqueça tudo que você leu sobre a Sociedade da Justiça e veja o renascer de uma
era de heróis. Basicamente o título começa depois de um terrível ataque de
Darkseid, e com a morte do Superman, Batman e Mulher-Maravilha dessa terra.
James Robinson conseguiu criar e
desenvolver muito bem toda uma série de novos personagens para habitar essa
terra e a trama foi bem coerente pois tinha como principal objetivo ir
introduzindo novos heróis e vilões.
Com a saída de Robinson e a entrada
de Tom Taylor, as mudanças foram sutis no começo, mas depois, ficou bem claro,
que o objetivo era preparar a série para se encaixar na semanal World’s End.
Sinceramente, achei que Terra-2 acabou perdendo um pouco o sentido de existir
depois que a DC começou a publicar World’s End, e poderia ter simplesmente
cancelado Terra-2 enquanto ainda estava bom.
No geral, recomendo, até para ajudar
na compreensão de Convergence.
2. Melhores do Mundo
Poderosa e Caçadora, jovens heroínas
da Terra-2 acabam chegando na Terra Principal dos Novos 52, e a série se foca
nas aventuras das duas num ambiente desconhecido para elas.
Foi um ótimo começo, mostrando, em
formas de flashbacks, o impacto que a morte do Superman e Batman da Terra-2
teve nas duas, e a interação entre elas foi muito bem desenvolvida.
Algumas histórias em particular,
foram bem interessantes, como o encontro da Caçadora com Damian.
Recomendado, nas na reta final, a
qualidade das histórias acabaram caindo um pouco, principalmente quando a
possibilidade de retornar à sua terra natal se tornou uma realidade.
3. Disque H
Série que faz parte da linha Dark, e
que a DC publicou antigamente. Basicamente, quando alguém supostamente disca a
palavra HERO num disco que parece com a de um telefone, se transforma num ser
com poderes diferentes a cada ligação.
Não conhecia as séries antigas, mas
essa nova encarnação me chamou a atenção e resolvi continuar. Na verdade li até
o fim, mas achei confuso demais, não tanto nas tramas, mas no desenvolvimento e
nas falas, que por vezes, acabavam mais confundindo do que informando.
As capas são um dos pontos fortes,
pois são desenhadas simplesmente por Brian Bolland!
Não recomendado, mas pode ser alguém
acabe se interessando.
4. G.I. Combat
A revista trouxe três títulos – um
desses é “A Guerra Que o Tempo Esqueceu” com os belos traços e cores de Ariel
Olivetti. O que acontece quando um pelotão acaba parando numa terra selvagem
dominada por dinossauros?
O segundo título é focado no Soldado
Desconhecido trazendo sua origem, e histórias recheadas de ação e espionagem.
O último título é sobre o Tanque
Mal-Asombrado, onde vemos o fantasma do general Jeb Stuart que é enviado para
ajudar seu homônimo em tempos de guerra.
Títulos de guerra clássicos que
abordam vários ângulos e situações, uma pena que foi cancelada logo, mas
cumpriu bem seu propósito.
Recomendado.
5. Devastadores
Título que surgiu como consequência
direta do crossover entre Novos Titãs, Superboy e Legião Perdida, chamada A
Seleção. Reúne uma mescla de alguns personagens da Wildstorm, como Caitlin
Fairchild do Gen 13, e personagens clássicos da DC como Mutano. Essa mistura
foi bem interessante, e serviu como introdução para novos personagens jovens
para o universo dos Novos 52. O problema foi a história em si, com uma trama
simples (demais até), mas com falas mal desenvolvidas e situações que te
prendem, mas com soluções esdrúxulas.
Não recomendado.
6. Garra
Personagem criado por Scott Snyder
como parte da saga das Corujas no título do Batman nos Novos 52. Essa série
começa mostrando a origem de Calvin Rose, e em como ele acabou se tornando um
garra trabalhando para a Corte das Cotujas.
As primeiras histórias foram muito
interessantes e já de início, foram sendo criadas muitas subtramas que davam um
ar de mistério que realmente prendiam o leitor.
Infelizmente essa excelente
qualidade do início não se manteve.
Recomendado, principalmente as
primeiras histórias.
7. Vingador Fantasma
Um personagem clássico que nos Novos
52, faz parte de uma trindade de seres condenados por gravíssimos pecados
cometidos num passado bem distante. Um dos pontos que ficaram bem claro nos
Novos 52, foi dar uma origem para o personagem, coisa que até então, sempre foi
motivo de debates – na fase pré-Novos 52, chegou-se a especular quatro origens
diferentes para o Vingador Fantasma.
Nessa versão, ele recebe seus
poderes da Voz, e sua origem está relacionada a do Espectro também. A cada
missão bem sucedida, uma das trintas moedas de prata presas em seu colar, se
desprende como parte do pagamento de seus pecados. No decorrer das histórias, o
Vingador Fantasma começa a questionar seu papel, principalmente depois de
perder pessoas queridas. O título também fez parte do crossover Vilania Eterna:
Moléstia, que é bem interessante.
Recomendado.
8. Ametista
A jovem Amy está destinada a se
tornar a Princesa Ametista de um outro mundo chamado Germworld. Um conto de
magia e aventura que relança mais uma personagem clássica, com uma roupagem
nova e origem bem parecida.
O título durou apenas nove edições,
mas conseguiu fechar bem o arco, tendo início, meio e fim. Uma boa pedida para
a Panini lançar tudo num único encadernado.
Recomandado.
9. Team 7
Outro título que não foi lançado no
Brasil, mas teve bastante relevância no universo dos Novos 52. Uma força tarefa
secreta formada por vários personagens conhecidos, incluindo Dinah Lance, Slade
Wilson e Amanda Waller. É praticamente um grupo que já agia antes da aparição
dos primeiros heróis. Numa de suas últimas missões, alguns acontecimento levam
ao fim da equipe, e as consequências duram até o presente, principalmente nas
histórias das Aves de Rapina.
Apesar da boa trama, em alguns
momentos, não gostei muito dos diálogos, pois cortavam a fluência da história.
No geral, recomendado, mas com
ressalvas.
10. Liga da Justiça da América
Amanda Waller resolve criar sua
própria Liga da Justiça formado com membros que teriam o potencial de enfrentar
a Liga da Justiça original, caso esses heróis se voltassem contra a humanidade.
A premissa foi interessante, mas
infelizmente o título acabou sendo vinculado muito rapidamente a todos os
crossovers e sagas dos Novos 52, e não conseguiu se manter como um título
independente. Apesar disso, teve um bom começo, mostrando a seleção e
convocação de cada membro, e como cada um estava encarando fazer parte desse
grupo.
Na reta final, durante Vilania
Eterna, o Caçador de Marte e Stargirl tiveram uma participação muito
importante, e praticamente a revista se focou apenas nos dois.
Recomendado, mas, na minha opinião,
o título sofreu com a dependência dos acontecimentos em sua volta.
11. Katana e Vibro
Resolvi juntar esses dois títulos
que também foram lançados juntos com a Liga da Justiça da América. Tinham
potenciais, mas foram muito mal utilizados.
Katana mostra a heroína às voltas
com problemas no Japão, mas as histórias estavam muito mal desenvolvidas, uma
marca negativa da Ann Nocenti nos roteiros dos Novos 52. Tudo que ela escreveu (Arqueiro
Verde, Mulher-Gato, Klarion, e a própria Katana) ficou muito abaixo do que ela
já fez. Ann Nocenti escreveu uma excelente fase do Demolidor nos anos 80.
Vibro mudou de visual, origem e
poderes, mas não mudou do estigma de ser um personagem mal utilizado. Até
tentaram inserir a Cigana como sendo uma alienígena e tal, mas as coisas só
pioraram. Nem o relacionamento com seu irmão ajudou.
Não recomendado.
12. Shazam
Shazam na visão de Geoff Johns e os
desenhos realistas de Gary Frank tinha tudo para dar certo – e deu.
Johns, que conhece muito de universo
DC conseguiu explorar todos os principais aspectos da mitologia do Shazam e
trazer para os tempos modernos. Billy Batson continua um garoto órfão, mas, a
consequência disso é bem explorada, bem como o relacionamento com as outras
crianças onde eles ficam. Essa interação é bem mais realista e fica mais fácil
do leitor se identificar. Esse desenvolvimento prévio fez com que a aparição do
próprio Shazam e até mesmo a do Adão Negro fosse feito de forma bem natural e
mais séria.
Seria interessante ver uma adaptação
dessa série no vindouro filme do Shazam nos cinemas.
Essas histórias não foram publicadas
num título próprio, mas como histórias secundárias na revista da Liga da
Justiça. Felizmente, parece que a Panini planeja lançar a série completa em
encadernado capa dura.
Recomendado.
Por enquanto é só, mas a Opinião do
Planeta Especial ainda não acabou. Vem aí a Parte 6, aguardem!
Por Roger
6 Comentários
Vingador Fantasma foi um dos que eu mais gostei,sempre foi um personagem interessante mas para mim foi um dos poucos que ficou melhor nos novos 52 do que era antes.Agora ele é Judas,cara,gostei bastante dessa premissa.Eu tenho um monte de reclamações sobre o Questão dos novos 52 mas quanto ao Vingador,só tenho elogios.
ResponderExcluirShazam é outro do qual eu só vi gente elogiando.
Ps:Eu tinha visto uma vez esse "Disque H" ser considerado o melhor dos novos 52 por um site,parece que as opiniões são controversas em relação a essa revista.
Eu também tenho TODAS as reclamações sobre esse novo Questão. Para quem leu as primeiras histórias dele nos anos 80, e até depois quando o legado passou para a Montoya, ainda estava interessante. Aliás, uma das histórias do Questão original está entre meu Top 10, que pretendo postar futuramente. Mas essa versão Novos 52, não tem nada a ver. Poderiam ter criado outro personagem com outro nome.
ExcluirShazam fi mais um dos bons trabalhos do Johns. A Panini prometeu um encadernado capar dura dele para esse ano - aguardando ansioso.
PS: Eu acho que o Disque H é para um público específico e por isso, deve ter agradado. Mas eu achei confuso demais e pouca informação para quem está lendo pela primeira vez. Nos EUA foi lançado um encadernado De Luxe capa dura dessa série completa!! Mas eu continuo não gostando.
eu gostei da Liga América! e gostei da amizade do Ajax e da Stargirl! mas também achei que o grupo podia ser mais bem desenvolvido!! espero que esse grupo não tenha sido cancelado pela "DC américa"!! Marcos Punch.
ResponderExcluirO motivo da Waller formar a Liga América foi interessante, mas o grupo realmente foi prejudicado por ter tido poucas histórias, e estar envolvido demais com as histórias da Liga da Justiça. Como você disse, podia ser mais bem desenvolvido. A Liga América teve apenas 14 edições.
ExcluirDepois disso, foi formado a Liga Unida com quase os mesmo integrantes da Liga América, e está bacana também, com uma pegada mais cósmica.
Depois de Convergence, a Liga Unida ainda continuará a ser publicada, mas, pelo que eu vi, infelizmente parece que o Caçador de Marte não estará nessa formação.
Disque H merece mesmo um lançamento DeLuxe em capa dura! Afinal, é escrita por China Miéville, o papa da sci-fi new weird. Esta série escrita por Miéville causa tanta estranheza quanto Morrison costumava causar na época em que ele era novidade, com a Patrulha do Destino e o Homem-Animal pós-Crise.
ResponderExcluirOlá Drix, que bom que você teve uma opinião favorável para o Disque H, porque eu realmente não consegui entender muito bem, só até um certo ponto e me desinteressei. Nem mesmo conhecia o escritor, mas agora que você mencionou, vou tentar ler novamente com mais calma. Obrigado pela opinião e volte sempre!
Excluir