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US News DC: Geoff Johns e Jason Fabok falam sobre a Darkseid War

Geoff Johns e Jason Fabok, roteirista e desenhista da Liga da Justiça, respectivamente, deram uma entrevista para o CBR sobre os rumos da revista, especialmente sobre Darkseid War, que teve seu prólogo na edição #40, lançada ontem, dia 29 de abril, nos Estados Unidos. A saga deve continuar após o final de Convergence. Confira os principais pontos:

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Fabok é um recém chegado à equipe, só tendo atuado desde a edição #36 na arte da revista, que já teve nomes como Jim Lee e a dupla brasileira Ivan Reis e Joe Prado na condução dos desenhos. Entretanto, parece o entrosamento entre ele e Johns evolui constantemente nos últimos meses:

Quando eu cheguei na revista, foi tudo muito rápido, e eu não tive muito tempo antes de começar [o arco] Amazo Virus. Mas isso foi uma coisa boa, porque me empurrou. Eu me senti capaz de pular dentro e desenhar um bocado de coisas insanas, e isso me deu um aumento de confiança ao chegar a essa revista. E agora, com a Darkseid War, nós fizemos o nosso cronograma, então eu tenho bem mais tempo por edição. Então eu não vou estar vivendo no meu escritório 24 horas por dia, sete dias na semana.
E trabalhar com Geoff é inacreditável. É a melhor coisa que já aconteceu na minha carreira. Eu sinto como se tivéssemos nos tornados muito bons amigos, e há uma orientação na qual ele está me ensinando um monte de novas coisas. Ele tem a experiência, e eu sou o cara novo, e ele está me guiando através do processo de fazer esse tipo de revista de grande evento.

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Por sua vez, o roteirista e chefe criativo da DC Entertainment disse que o novo desenhista fez até com que uma certa amazona tomasse à frente da nova saga:

Ele me ajudou a me inspirar tanto quanto ele diz que eu o inspirei. Trabalhar com as páginas de Jay me abriu para todo tipo de novas ideias. A Mulher-Maravilha é o exemplo perfeito. Eu vi a maneira que ele a desenha e apenas desejei mais dela porque ela pareceu tão brilhante – tão forte e poderosa. Ela parece-se como uma líder e uma fodona, mas ainda compassiva. Então eu apenas gravitei sobre essa personagem e pesquisei mais e mais sobre ela, e agora Darkseid War é uma história na qual ela é a jogadora principal.Mesmo que essa história se foque em todos os principais jogadores da Liga da Justiça, ela tornou-se a personagem principal nisso, e eu não poderia estar mais empolgado em relação a isso porque é alguém que eu nunca explorei de uma maneira profunda numa revista solo ou mesmo numa revista de grupo. Entrar dentro dessa personagem está sendo recompensador, e eu credito Jay por me inspirar a fazer isso.

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Johns também explicou que, enquanto o Darkseid dos Novos 52 tem poucas mudanças em relação à criatura de Jack Kirby, o Antimonitor que aparecerá na saga é mais complexo que o da Crise nas Infinitas Terras:

Com o Anti-Monitor, vocês verão que no prólogo, na edição #40, que nós vamos começar a tirar algumas camadas sobre quem ele é. É uma tomada muito diferente, e ele é diferente do que vocês veem na superfície. Ele parece um engolidor de universos – essa grande força da antimatéria que é muito bombástica. Mas na verdade há muito mais para o personagem do que isso. Nós estamos brincando com essa ideia, e haverá esse conflito de ideais entre o Anti-Monitor e Darkseid que vai levar isso muito mais profundamente que uma simples história de vingança ou algo como “vamos destruir o universo”. Ambos apostam alto nessa guerra e tem objetivos muito pessoais, e eles vão fazer qualquer coisa para atingi-los.

Por fim, o escritor apontou que a ausência de tie-ins é proposital e o cronograma citado por Fabok tem a intenção de que o arco seja conduzido com a escala de um grande evento, mas em apenas uma única revista por mês – o que pode ser cada vez mais comum na DC pós-Convergence, com apenas 25 revistas na atual Terra-0 da cronologia:

Nosso objetivo é o de contar a melhor história que pudermos todo mês, e para fazer isso, nós estamos colocando tudo que temos nisso. É muito mais trabalho e muito mais pesquisa acontecendo do que eu faria para uma revista solo, mas se isso deixar as pessoas empolgadas e refrescadas e renovadas, é isso que queremos. Especialmente já que é auto-contido. Vocês não precisam comprar um milhão de diferentes tie-ins para uma história para que isso dê a sensação de um evento.


Fonte: Terra Zero

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4 Comentários

  1. Não sou muito fã do Geof, mas admiro quando há uma sintonia entre profissionais dessa forma, é sempre benéfico. Eu li hoje a Batman #40, apesar de ser vaga em muita coisa (acho que o maldito tinha esse objetivo) eu gostei bastante, como eu disse, é uma história pra pensar fora da caixa, realmente "fechar a conta". Ainda continuo na defesa do Snyder, mesmo que ele só faça zombaria nas próximas edições, o que eu acho que vá acontecer, os 40 números que ele fez com o Capullo sempre vão estar de maneira fechada na minha memória (os anuais eu considero histórias fracas).

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    1. Na verdade, eu só não gostei muito desse último arco - Endgame. O plano do Coringa foi válido, mas o resultado final é que eu achei meio fraco.
      Mas a saga das Corujas foi ótima, a Morte da Família cumpriu seu objetivo (muitos não gostaram porque ninguém da bat-família morreu, mas o título da saga é Morte DA Família e não Morte NA Família, e por isso, depois da revelação final, para mim, cumpriu seu propósito).
      E Ano Zero foi muito boa, apesar de um pouco longa demais.
      Li há uns dois dias atrás a edição # 40, mas estava esperando seu parecer. Para mim, o destino dos dois foi inconclusivo, e o Batman não precisava dizer o que disse na sua última frase (não vou dizer mais pra não entregar spoilers para que ainda não leu).
      Mas, no geral, minha opinião sobre a série continua a mesma que eu postei - Bem recomendado.
      O que vem depois é que me deixa um pouco apreensivo.

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  2. Eu gostei, apesar de tudo, mas acho que por eu já ir ler esperando algo inconclusivo. Achei interessante a falange que o Batman fez com os vilões, história bem ousada.

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    1. Embora, no geral, eu não tenha gostado desse arco, um dos pontos positivos que eu gostei (além dos desenhos do Capullo que sempre é um ponto positivo), foi a maneira como o Bruce estava preparado para enfrentar a Liga, e a enfrentou, logo no início do arco.

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