Veja
a análise do Planeta sobre o encadernado Flash
– Seguindo em Frente, lançado pela Panini.
Atingido por um raio e banhado por
produtos químicos, o perito da Polícia de Central City Barry Allen foi
transformado no Homem Mais Rápido do Mundo em um piscar de olhos. Mas há coisas
que até mesmo o Flash não consegue vencer na corrida! Depois de anos
em busca de uma vingança, um dos mais antigos amigos do herói volta à vida de
Barry com inimigos implacáveis em seu encalço – uma multidão imbatível que
parece crescer mais rápido do que o Flash consegue detê-la. E, na prisão de
segurança máxima chamada Iron Heights, o adversário mais poderoso do Velocista
Escarlate planeja sua fuga, sonha com desforra e se prepara para colocar o
herói no gelo… para sempre!
Análise:
Cinco
anos depois de ganhar seus poderes de velocidade, o cientista forense Barry
Allen trabalha a polícia de Central City e namora sua companheira de trabalho,
Patty Spivot. Apesar de já passar um bom tempo na ativa, Barry ainda está
descobrindo muito de seus poderes de velocidade.
De
início temos um arco envolvendo um grande amigo de Barry, chamado Manuel Lago,
que, após o assassinato de seu pai, decide fazer vingança com as próprias mãos,
e acaba se envolvendo em projetos experimentais da CIA, tornando-se um perigoso
agente. Desses experimentos, surge um exército de clones de Manuel que decidem
caçá-lo devido aos fatores de cura que Manuel desenvolveu. Os clones estão em
busca de uma cura, pois morrem depois de um certo tempo.
Nesse
período, o cientista Dr. Elias resolve ajudar o Flash a descobrir mais sobre
seus poderes, e acabam descobrindo que o herói velocista pode até mesmo acessar
a Força de Aceleração com sua mente, prevendo possíveis consequências. Além
disso, Elias descobre que, se o Flash correr a uma certa velocidade, pode
acabar criando buracos de minhoca e afetar o fluxo de tempo. Infelizmente,
no processo de tentar ajudar Manuel, ocorre um blecaute em Central City, que
leva a cidade ao caos, e isso acaba afetando diretamente seus moradores,
incluindo a irmã de Leonard Snart – o Capitão Frio. Esse acontecimento faz com
que o Capitão Frio e o Flash entrem num confronto mortal. Desse confronto, o
Flash acaba criando um vórtice que causa um grave problema na espaóc-tempo,
afetando inclusive sua amiga Íris West. Para encerrar o encadernado, um gancho
para o próximo arco indica a presença do Gorila Grodd.
Os
desenhos de Francis Manapul e as cores de Brian Buccellato (dupla que também
escrevem a história) são belos e simples, embora com muito cuidado nos
detalhes. É uma arte que foge do convencional e combina muito bem com o tom
aventuresco da história.
Praticamente
a Força de Aceleração foi um personagem principal também, pois, à medida que
Barry aprendia a extensão de seus poderes, era possível aprender sobre essa
força junto com o herói escarlate. Isso foi mais um ponto positivo. Outro
ponto positivo é a inserção de vários personagens importantes na mitologia do
Flash, mas sem comprometer seu desenvolvimento, embora eu achei as relações um
pouco superficial. Por exemplo, Barry e Patty estão namorando, mas a construção
dessa relação foi bem superficial. Porém, existem momentos mais trabalhados,
como a amizade entre Barry e Manuel.
O
título “Seguindo em Frente” me lembrou de um momento na vida de Barry em que
sua mãe diz: “A vida é movimento... continue se movendo”, mostrando a
influência que Barry teve em sua infância, que ajudou a moldar seu caráter como
adulto. Mas o título também pode remeter à própria Força de Aceleração, cujos
segredos são revelados quando Flash parte em busca de Íris dentro da própria
força energética. Todas essas citações fazem parte desse arco mesmo.
Mais
um encadernado em capa dura dos Novos 52 que a Panini nos brinda. No caso do
Flash, esse encadernado requer uma continuação, pois o arco não é fechado.
Portanto, no aguardo do segundo volume. Encadernado recomendado.
Por Roger
4 Comentários
Oi, Roger. Acompanhei todas as edições mensais do Flash na Panini até o cancelamento, depois disso só nos scans porque fica meio complicado e oneroso comprar um título de 164 páginas só por causa de um personagem. Acho que se os editores tivessem feito um mix melhor na revista, tipo Aquaman no lugar do Exterminador e o Arqueiro ainda estava meio difícil de aceitar na época com histórias meio fracas, a revista teria ido mais longe, por isso apesar de ficar com água na boca, não peguei esse encadernado mas fiquei muito feliz com o seu lançamento. Nessas edições iniciais do Flash nos Novos 52, ele ainda está encontrando seu rumo no novo universo, meio que se aquecendo antes da grande corrida, realmente as coisas melhoram mesmo a partir do arco com o Grodd, se a Panini não diminuir a velocidade e continuar a publicação, aí eu corro atrás de pegar aqueles que só li na internet. A equipe criativa é muito boa e eu gostei muito da arte do Buccellato, simples e sem exageros como em algumas que vemos com tanta referência visual que até o personagem principal fica secundário e a exploração da Força da Aceleração como algo a mais do que um acesso para os poderes do Flash também foi uma ótima sacada. Também recomendo pela alta qualidade do material, espero que venham mais. Rápidos Abraços!
ResponderExcluirOlá Giuliano! Sim, foi um desperdício o mix da finada revista do Flash, mas até entendo que, comercialmente, eles talvez não teriam condições de manter um mix tão caro como o Universo DC tendo como grande atração, só a Mulher-Maravilha. Os outros títulos até são interessantes, mas acho que sem apelo comercial. De qualquer forma, a Panini perde leitores sem dúvida. Prova disso foi o cancelamento da revista do Flash. E a fase do Arqueiro antes do Lemire não ajudou né...
ExcluirTambém torço muito para que a Panini continue com os encadernado do velocista escarlate, pelo menos, até o final do run da dupla Buccellato e Manapul.
A maneira como a Força de Aceleração foi apresentada e trabalhada foi um detalhe que achei interessantíssimo. Não tinha reparado na primeira vez que li essas histórias. Só fui perceber agora com a aquisição do encadernado.
Meus agradecimentos na velocidade da luz!
Eu não sei se compro pelo que li agora vai até o Capitão Frio, mas eu só achei que começou a ficar interessante mesmo nessa parte, não sei se vale a pena comprar tudo.
ResponderExcluirMas talvez só os desenhos façam valer a pena.
Ps:Em compensação Aquaman é uma compra quase que obrigatória.
O Buccellato e o Mnapul continuaram a trabalhar bem a mitologia do Flash com seus vários e ricos personagens de apoio. Acredito que, pelo menos nessa fase, vale a pena colecionar tudo. Depois com a entrada da dupla Venditti/Jensen, a qualidade caiu um pouco. Eles tentaram fazer algo bem ousado trabalhando com viagens no tempo, ma não gostei muito. Quem sabe se eu lar novamente...
ExcluirPS: O do Aquaman deve estar chegando por esses dias. De qualquer forma, como já li essas histórias, realmente é obrigatório mesmo.
PS2: Bem vindo de volta. Você estava sumido! Nosso projeto ainda está de pé. Já acabei a leitura e estou terminando o texto.
Valeu!