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Planeta na TV Marvel: Confira as primeiras impressões do seriado do Loki

 

Tom Hiddleston assume pela primeira vez o papel principal

Loki, interpretado por Tom Hiddleston, sempre foi um dos personagens mais amados do Universo Cinematográfico Marvel (MCU). Não à toa, brilhou em todos os filmes em que apareceu e volta a chamar a atenção em Lokinova série do Disney+ que estreou na última quarta-feira (09). Hiddleston está de volta ao primor do personagem, não só “roubando a cena” como em produções anteriores, mas assumindo o papel principal pela primeira vez.

Sua jornada nas produções cinematográficas da Marvel foi cativante. Loki ganhou a simpatia do público em Thor e Vingadores e foi mostrando seu lado mais sensível e heróico em Thor: Ragnarok e Guerra Infinita, onde deixou os espectadores de coração partido quando morreu tentando salvar seu irmão e o povo de Asgard da tirania de Thanos (Josh Brolin). Tudo parecia terminado para ele, mas a Marvel tinha outros planos para o personagem. Durante as viagens no tempo em Ultimatoo Loki do primeiro filme dos Vingadores muda seu destino: ele rouba o Tesseract (Joia do Espaço) e foge da S.H.I.E.L.D.

Isso tudo foi visto nos cinemas. Agora, Loki vai voltar em sua própria série de TV, que acompanha o que aconteceu com esta versão do personagem de Tom Hiddleston após a fuga em Vingadores: Ultimato. Trata-se da terceira produção televisiva do MCU, depois das elogiadas WandaVision e Falcão e o Soldado Invernal.

Confira as primeiras impressões da série do Disney+:

UMA JORNADA DE AUTOCONHECIMENTO

Enquanto WandaVision ofereceu um frescor em relação às produções da Marvel, com referências a famosas séries sitcoms, e Falcão e o Soldado Invernal trouxe um enredo mais politizado e focado nas causas sociaisLoki começa com um ritmo frenético tal como Thor: Ragnarok. Com roteiro de Michael Waldron, responsável por Rick and Morty, a série investe no equilíbrio entre humor, mistério, investigação e viagens no tempo. A aventura ainda está por vir.

Sob o ponto de vista de Loki, a série do Disney+ apresenta um novo e complexo universo dentro da Marvel, regido pela Autoridade de Variância de Tempo (TVA - Time Variance Authority), uma organização responsável por manter a ordem nos multiversos e na “linha do tempo sagrada do multiverso”. Novato, ingênuo e curioso neste mundo, o então “vilão” representa também a visão do público. É um recurso de roteiro bastante utilizado em produções cinematográficas e televisivas, e que funciona muito bem aqui.

Tom Hiddleston e Waldron conseguem fazer um novo começo para Loki. À princípio arrogante, mimado e sempre buscando aprovação, como foi apresentado em Thor e no primeiro Vingadores, o protagonista se torna um prisioneiro neste lugar e perde sua “razão de ser”: seus poderes não funcionam na sede da TVA; sua pretensão de ser “Deus” ou “Rei” dos Nove Reinos parece pequena frente ao multiverso; seu pai Odin certamente não é o mais poderoso, e ele percebe que não é tão indestrutível como achava. Fica claro que todos os eventos que amoleceram o coração do Deus da Trapaça ao longo do MCU não aconteceram. Loki agora precisa passar por uma nova jornada de autoconhecimento.

A DINÂMICA ENTRE TOM HIDDLESTON E OWEN WILSON 

Ainda que bastante didática em seus episódios iniciais — inclusive com adoráveis instruções animadas que fazem alusão a "Os Jetsons" e outras animações clássicas — Loki não deixa de lado o humor ácido. Destaque, inclusive, para algumas das hilárias falas de Hiddleston, como o “dá para sentir de longe o perfume de dois Tony Starks”.

Neste sentido, a produção aposta na excelente dinâmica entre os talentosos Tom Hiddleston e Owen Wilson, que mescla sua forte veia de comédia com um lado mais “sério”. Ele interpreta Mobius M. Mobius, o agente da TVA que recruta o Deus da Trapaça para ajudar em um caso. Por vezes a troca entre eles parece um jogo: Mobius provoca Loki para revelar suas motivações, ao mesmo tempo em que nenhum deles parece confiar no outro.

TEMOS UM EMPODERAMENTO FEMININO

Dirigida por Kate Herron, que comandou o fenômeno da Netflix Sex Education, a série ainda dá espaço para protagonismo feminino e diversidade no elenco. A versátil Gugu Mbatha-Raw (Alice e Peter: Onde Nascem os SonhosA Bela e a Fera) brilha no papel de Ravonna Renslayer, juíza da TVA, cuja versão dos quadrinhos sugere um princípio vilanesco. Respeitada, autoritária e poderosa, ela é o retrato do empoderamento das mulheres na Marvel.

Além de Mbatha-Raw, a talentosa Wunmi Mosaku (Lovecraft CountryAnimais Fantásticos e Onde Habitam) assume o papel de Hunter B-15, uma espécie de policial da TVA, uma personagem durona e justa, que segue as regras à risca. Mosaku também mostra sua versatilidade de atuação quando assume outra personalidade em cena.

Repleto de referências, easter-eggs e “zoeiras” com os demais filmes da Marvel, a série do Disney+ promete ser a mais importante da Marvel até agora. Já renovada para a segunda temporada, isso mostra o potencial e a aposta do estúdio na produção.

O enredo de Loki pode até cair no clichê em alguns momentos, mas funciona de tal forma que não dá para saber o que vem a seguir nos próximos capítulos. E este é o melhor sentimento que o espectador poderia ter. 



Fonte: ADORO CINEMA

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